CIRURGIA

Cirurgia inédita realizada em Portugal pode resolver problemas articulares

Uma equipa de cientistas liderada pelo investigador português David Ângelo vai realizar uma cirurgia inédita, em Portugal, usando como modelo a ovelha Black Merino.

Cirurgia inédita realizada em Portugal pode resolver problemas articulares

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A cirurgia consiste na colocação de biomateriais inteligentes capazes de regenerar o disco articular. Se os resultados forem sólidos, a primeira cirurgia em humanos poderá ocorrer já em 2018.

"Neste estudo pré-clínico, estão a ser usadas ovelhas Black Merino, tendo sido já realizados os primeiros testes em fevereiro de 2016. Após análise cuidada dos primeiros resultados, consolidou-se o conhecimento sobre a importância que o disco tem na prevenção de problemas articulares e deu-se seguimento à fase 2 do estudo", revela David Ângelo num comunicado.

"Em 2018, se os resultados forem os previstos, haverá condições para começar a planear a primeira cirurgia em humano com este disco no Centro Hospitalar de Setúbal", indicou o clínico.

"Nesta fase 2, vamos testar três biomateriais inteligentes. Um biomaterial é nacional e nos testes in vitro parece ter propriedades regenerativas impressionantes, mas é preciso ter evidência desse comportamento in vivo", acrescentou David Ângelo.

Esta investigação na área da medicina regenerativa, que chega à fase final em janeiro de 2017, já recebeu seis prestigiados prémios nacionais e internacionais.

"Estes prémios são um reconhecimento do trabalho que tem sido desenvolvido. Existe o objetivo de alcançar algo de novo no mundo científico que possibilite um novo e eficaz tratamento aos doentes com disfunção da articulação temporomandibular grave", sublinhou David Ângelo.

A disfunção mandibular afeta cerca de 30 por cento da população portuguesa e é a causa mais comum de dor orofacial de origem não-dentária. Os principais sintomas são a dor articular, que pode atingir o ouvido, a limitação na abertura da boca e estalidos na articulação.

Em 2015, esta investigação contou com o apoio da Bolsa para Jovens Investigadores em Dor, atribuída pela Fundação Grünenthal.

Fonte: press release

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