Cerca de 70% dos doentes com osteoartrose estão sem trabalhar
Cerca de 70 por cento dos doentes que sofrem com osteoartrose entre os 50 e os 65 anos de idade estão sem trabalhar, revela um estudo que analisou o impacto da doença reumática que afeta dois milhões de portugueses.
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A investigação foi feita com base no primeiro estudo epidemiológico nacional sobre doenças reumáticas (EpiReumaPt), que abrangeu mais de dez mil pessoas.
Os dados preliminares do estudo epidemiológico referem-se a pessoas com idades entre os 50 e os 65 anos, antes da idade oficial da reforma.
Mais de metade (68,8 por cento) dos inquiridos afetados pela osteoartrose dizem não trabalhar, o que corresponde a cerca de 140 anos de trabalho perdidos. Por comparação, entre os inquiridos sem osteoartrose na mesma faixa etária, a percentagem dos que indicam não trabalhar fica-se pelos 47,6 por cento.
O estudo mostra que quase 30 por cento da população entre os 50 e os 65 anos sofre de osteoartrose, sendo as articulações mais afetadas o joelho (18,6 por cento), mãos (12,6 por cento) e anca (3,6 por cento).
Embora muito associada ao envelhecimento, a osteoartrose não está apenas relacionada com a idade. Segundo a Sociedade Portuguesa de Reumatologia, a doença resulta dos danos e alterações que a articulação sofreu anteriormente e é também determinada pela hereditariedade.
Reumatologistas contestam a ideia muitas vezes generalizada de que quem sofre de osteoartrose deve aprender a conviver com a dor, sendo uma noção que leva à desvalorização da doença e do seu impacto social e económico.
A osteoartrose é uma doença reumática que pode comprometer uma ou mais articulações, provocando dor, sensação de rigidez e inchaço, e que afeta a mobilidade.