NOVO COVID-19 SALTA FRONTEIRAS

NOVO COVID-19 SALTA FRONTEIRAS

SOCIEDADE E SAÚDE

  Tupam Editores

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Cancelamentos à última hora de eventos como o Salão de Genebra, um dos maiores que se realizam na europa, dedicado ao sector automóvel e onde eram esperados mais de 600 mil visitantes, suspensão temporária da grande peregrinação religiosa anual a Meca e Medina que atrai milhões de crentes islâmicos de todo o mundo, cidades e vastas regiões da europa, médio oriente e China de quarentena, como forma de tentar travar a propagação do novo COVID-19 são bem o reflexo dos receios que alastram pela população.

A nível global o novo vírus não dá tréguas, estimando-se que até à data já tenha infetado mais de 90 mil pessoas e morto mais de 3 mil, com cada vez mais países a registarem os seus primeiros casos.

Numa corrida contra o tempo estão já algumas das principais empresas farmacêuticas, que prometem tudo fazer para que no decurso de 2020 seja possível disponibilizar fármacos antivíricos suficientemente eficazes para travar a disseminação.

Os coronavírus são um grupo de vírus de genoma de RNA simples de sentido positivo, conhecidos desde meados dos anos 1960. A maioria das pessoas infeta-se com os coronavírus comuns ao longo da vida. Normalmente estas infeções estão associadas ao sistema respiratório, podendo ser semelhantes a uma gripe comum ou evoluir para uma doença mais grave, como a pneumonia.

Entre os coronavírus encontra-se também o vírus causador da forma de pneumonia atípica grave conhecida por SARSCov (que ocorreu entre 2002 e 2003), o MersCov (a síndrome respiratória do Médio Oriente, que ocorreu em 2012), e agora o novo coronavírus – o COVID-19.

Por se tratar de uma nova estirpe de vírus, ainda não foram recolhidos até à data dados suficientes para um total conhecimento.

O COVID-19 foi detetado no final de dezembro de 2019 na cidade chinesa de Wuhan, província de Hubei. Segundo informações publicadas pelas autoridades internacionais, a fonte de infeção é desconhecida e poderá ainda estar ativa.

A maioria dos primeiros casos estavam associados a um mercado de venda de alimentos e animais vivos (peixe, mariscos e aves) naquela cidade. Suspeita-se que o vírus seja de origem animal mas ainda não há certezas.

As formas de transmissão também ainda estão em investigação, contudo, a transmissão de pessoa a pessoa já foi confirmada e ocorre, geralmente, após o contacto próximo a um doente infetado.

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O período de incubação, até ao aparecimento da sintomatologia, situa-se entre 2 a 14 dias e inclui cansaço, febre, tosse, dores musculares e falta de ar (dificuldade respiratória). Em casos mais graves pode evoluir para pneumonia grave com insuficiência respiratória aguda, falência renal e, até mesmo, levar à morte.

Por ser um vírus recente, não existe vacina para o COVID-19, e o tratamento é dirigido aos sinais e sintomas que os doentes apresentam. Os antibióticos não são eficazes contra vírus, apenas bactérias, e, como tal, não devem ser usados para a sua prevenção ou tratamento.

Situação Global a 3 de março:

Os últimos dados disponibilizados pelo Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC) a 3 de março, revelam que a infeção já se espalhou a países como:

Ásia – Afeganistão (1), Arábia Saudita (1), Bahrein (14), Cambodja (1), China (80261), Coreia do Sul (4812), Emirados Árabes Unidos (21), Filipinas (3), Índia (5), Indonésia (2), Irão (1501), Iraque (21), Israel (10), Japão (254), Jordânia (1), Kuwait (56), Líbano (13), Malásia (29), Nepal (1), Omã (7), Paquistão (4), Qatar (3), Singapura (108), Sri Lanka (1), Tailândia (43), Taiwan (41), Vietname (16);

Óbitos: 3055, dos quais 2946 na China, 34 na Coreia do Sul, 66 no Irão, 6 no Japão, Tailândia (1), Taiwan (1) e Filipinas (1).

Casos em trânsito internacional, Japão, (705);

Óbitos: 6

Europa – Alemanha (157), Andorra (1), Arménia (1), Áustria (18), Azerbaijão (3), Bélgica (8), Bielorússia (1), Croácia (8), Dinamarca (5), Espanha (114), Estónia (1), Finlândia (6), França (178), Geórgia (3), Grécia (7), Holanda (18), Itália (1835), Irlanda (1), Islândia (6), Letónia (1), Lituânia (1), Luxemburgo (1), Macedónia do Norte (1), Mónaco (1), Noruega (25), Portugal (2), Reino Unido, República Checa (5), Roménia (3), Rússia (3), San Marino (18), Suécia (15), Suíça (30),

Óbitos: 56, dos quais 52 em Itália, 3 em França e 1 em San Marino.

América – Brasil (2), Canadá (27), Equador (7), Estados Unidos da América (103); México (5), República Dominicana (1);

Óbitos: 6 nos Estados Unidos.

África – Argélia (3), Egipto (2), Marrocos (1), Nigéria (1), Senegal (1); Tunísia (1);

Oceania – Austrália (33), Nova Zelândia (1);

Óbitos: 1 na Austrália.

O número de mortos provocado pelo novo coronavírus em todo mundo atingiu 3124 pessoas, com a China a liderar o número de casos infetados (80261) e de óbitos (2946), muito embora aparente estar a controlar a epidemia, contudo a doença continua a espalhar-se por outros países do globo, estando já registados 90663 casos com infeção, contra 81722 do final de fevereiro.

Situação epidemiológia em Portugal

Segundo o último boletim informativo da Direção-Geral da Saúde (DGS), foram notificados desde janeiro até agora 101 casos suspeitos, dos quais somente 4 foram confirmados laboratorialmente como estando contaminados com o novo COVID-19 e sem óbitos.

Dois dos casos confirmados foram importados de Itália (1) e de Espanha (1) e 2 contactos de casos confirmado com o vírus.

O relatório da DGS refere ainda que “tendo em conta a situação epidemiológica mundial, é necessário considerar a hipótese da importação de casos de doença de cidadãos provenientes da China ou de outras áreas com transmissão comunitária ativa”, referindo-se ainda que de acordo com a informação disponível, o risco para a saúde pública em Portugal é considerado moderado a elevado.

Soube-se entretanto, que o primeiro caso de um português infetado com o novo COVID-19, tripulante de um navio de cruzeiros atracado em Osaka e internado num hospital da cidade japonesa de Osaka, foi considerado livre do novo vírus.

Nas áreas afetadas, a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda medidas de higiene, etiqueta respiratória e práticas de segurança alimentar para reduzir a exposição e transmissão da doença:

– evitar contacto próximo com doentes com infeções respiratórias;

– lavar frequentemente as mãos, especialmente após contacto direto com pessoas doentes;

– evitar contacto desprotegido com animais selvagens ou de quinta;

– adotar medidas de etiqueta respiratória: tapar o nariz e boca quando espirrar ou tossir; utilizar lenços de papel ou o braço, nunca com as mãos; deitar o lenço de papel no lixo; lavar as mãos sempre que se assoar, espirrar ou tossir.

Perante o aumento repentino e exponencial de casos em alguns países, a OMS declarou o surto do COVID-19 como uma emergência de saúde pública de âmbito internacional e alertou para uma eventual pandemia.

Autor:
Tupam Editores

Última revisão:
10 de Abril de 2024

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