
Maior exposição à poluição do ar durante a segunda gravidez pode aumentar risco de nascimento prematuro
GRAVIDEZ E MATERNIDADE
Tupam Editores
Mulheres grávidas expostas a níveis mais altos de poluição do ar durante a segunda gravidez, em comparação com a primeira, podem estar sob maior risco de parto prematuro, de acordo com cientistas do Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos.
O estudo foi publicado na revista International Journal of Environmental Research and Public Health.
O nascimento prematuro, ou o nascimento de um bebé antes das 37 semanas, é uma das principais causas de morte infantil. Embora estudos anteriores tenham encontrado uma associação entre exposição à poluição do ar e risco de nascimento prematuro, os pesquisadores acreditam que este novo estudo é o primeiro a vincular esse risco a alterações nos níveis de exposição entre a primeira e a segunda gravidez.
Os cientistas analisaram dados de mais de 50 mil mulheres que deram à luz em 20 hospitais em Utah entre 2002 e 2010, bem como dados sobre poluentes aéreos aos quais as mulheres foram expostas durante a gravidez.
Para quase todos os poluentes, a exposição das mulheres teve maior probabilidade de diminuir ao longo do tempo. Mas entre sete e 12 por cento das mulheres no estudo tiveram maior exposição à poluição do ar durante a segunda gravidez.
Os riscos mais altos foram com o aumento da exposição ao monóxido de carbono (51 por cento) e dióxido de nitrogénio (45 por cento), geralmente provenientes de emissões de veículos automotores e usinas; ozónio (48 por cento), um poluente secundário criado por produtos de combustão e luz solar; e dióxido de enxofre (41 por cento), proveniente principalmente da queima de combustíveis fósseis que contêm enxofre, como carvão ou diesel.
O que surpreendeu nos resultados da pesquisa foi o facto de, entre as mulheres com baixo risco, incluindo as que não tiveram parto prematuro, o risco durante a segunda gravidez aumentou significativamente quando a poluição do ar permaneceu alta ou aumentou.


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