De acordo com uma nova pesquisa, pessoas que têm dificuldade em dormir são duas vezes mais propensas a sofrer um ataque cardíaco, levando os cientistas a advertir que o despertar regular durante a noite deve ser visto como uma advertência de futuras doenças.

O estudo, levado a cabo entre um grupo de cerca de 13 mil pessoas, revelou que aquelas que lutavam para dormir durante a noite eram 99 por cento mais propensas a sofrer ataques cardíacos ou angina grave.

Pessoas que levaram mais de meia hora para adormecer ou tinham menos de seis horas de sono por noite também estavam em maior risco.

A pesquisa japonesa não estabeleceu a causalidade de existir uma associação tão forte entre o sono e a saúde do coração. Contudo, acreditam que o ato de despertar constante pode causar "hiperactividade" no sistema nervoso, o que pode elevar a frequência cardíaca e a pressão sanguínea do coração, colocando pressão extra no órgão.

Realizado pela Universidade de Hiroshima, no Japão, o estudo examinou as tendências estatísticas e foi apresentado no congresso da Sociedade Europeia de Cardiologia, que decorreu em Barcelona, Espanha.

Os resultados sustentam a hipótese de que a deterioração do sono pode levar a doenças cardiovasculares; o mau sono em pacientes com doença isquémica do coração pode ser caracterizado por um sono mais curto e breves momentos de despertar.

Pesquisas anteriores já haviam associado problemas do sono ao aumento do risco de cancro, obesidade, diabetes e Parkinson.