Grande desafio da investigação biomédica na Europa é envolver a sociedade

Grande desafio da investigação biomédica na Europa é envolver a sociedade

SOCIEDADE E SAÚDE

  Tupam Editores

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O ministro da Ciência defendeu que um dos grandes desafios da investigação biomédica na Europa é envolver a sociedade no trabalho desenvolvido pelos investigadores, divulgando o impacto da atividade científica no bem-estar dos cidadãos.

“O grande desafio passa pelo facto de as pessoas perceberem como a pesquisa pode ser um instrumento para o seu bem-estar e que lhes pode trazer benefícios”, referiu Manuel Heitor, sublinhando que deve haver uma aproximação entre os investigadores, as instituições e a sociedade, nomeadamente através de associações de doentes.

O ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior falava em Albufeira durante a Summer School in Translational Cancer Research 2018, uma iniciativa da EurocanPlatform, um projeto financiado pela União Europeia com o objetivo de desenvolver a investigação na área do cancro.

“Por exemplo, o que estamos aqui a discutir hoje é como é que a investigação em cancro pode ser orientada para, na próxima década, reduzir em metade o número de mortes de cancro”, ilustrou, em declarações à Lusa, à margem da intervenção que fez perante uma plateia de 60 investigadores na área da Oncologia.

Investigação Biomédica

De acordo com Manuel Heitor, “a ideia de a investigação em cancro poder possibilitar a redução do número de mortos é uma forma de explicar às pessoas que é preciso mais investigação para atingir esse objetivo”, mas as pessoas “têm que perceber o que é que o conhecimento faz”.

O ministro da Ciência frisou que o grande desafio é “organizar a atividade científica em grandes missões”, referindo que, cada vez mais, sobretudo na área biomédica, começa a ser importante envolver as associações de doentes de cancro na Europa na discussão com os próprios investigadores na forma como se deve comunicar e desenvolver as agendas científicas.

“Portugal é um relativo caso de sucesso devido ao movimento Ciência Viva, mas é certamente, a nível europeu, um dos grandes desafios para o futuro”, concluiu.

A iniciativa, que terminou na passada sexta-feira, 12 de outubro, reuniu este ano 20 oradores e 60 participantes, especialistas e investigadores de mais de 20 nacionalidades que se dedicam ao estudo do cancro.  

Autor:
Tupam Editores

Última revisão:
09 de Abril de 2024

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