
Fármaco lenalidomida atrasa danos nos ossos e órgãos provocados por mieloma
MEDICINA E MEDICAMENTOS
Tupam Editores
A administração do medicamento lenalidomida em doentes assintomáticos com mieloma múltiplo atrasa o desenvolvimento dos danos nos ossos e órgãos, revelou um ensaio randomizado do Grupo de Cooperação para a Oncologia do Leste, nos Estados Unidos, publicado no Journal of Clinical Oncology.
O procedimento atual para a monitorização do mieloma múltiplo, que causa danos nos ossos e órgãos, é manter o paciente em observação sem qualquer terapia. Contudo, o presente estudo corrobora um estudo anterior realizado em Espanha que afirma que existe um método mais eficaz de controlar a doença.
Durante este estudo, foram observados 182 doentes, 92 dos quais tomaram lenalidomida, um fármaco usado no combate ao cancro. Os restantes 90 foram mantidos apenas sob observação, conforme o procedimento corrente.
Quase metade dos pacientes que receberam o fármaco responderam positivamente, enquanto que não se notaram alterações no outro grupo. O início dos sintomas foi mais tardio nos pacientes que tomaram o fármaco do que naqueles que não o tomaram.
Apesar de o fármaco ter provocado efeitos adversos em 28 por cento dos que o tomaram, estes efeitos foram amenizados com a diminuição da dose.
Vincent Rajkumar, autor sénior do estudo, conclui que, em combinação com os achados do estudo espanhol de 2015, estes resultados apoiam a alteração dos cuidados-padrão prestados aos doentes, sendo que é, de facto, possível atrasar a progressão dos danos causados pela doença, administrando uma terapia numa fase inicial quando a doença ainda é assintomática.


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