
Facebook vai censurar conteúdo anti-vacinação
SOCIEDADE E SAÚDE
Tupam Editores
A rede social Facebook vai suprimir publicações anti-vacinação. O objetivo é proibir a divulgação de informação que possa colocar em causa a saúde pública, avança a CNN.
“Temos vindo a dar passos para diminuir a distribuição da desinformação relacionada com a saúde no Facebook, mas sabemos que há mais a fazer. Atualmente, estamos a trabalhar com especialistas para fazermos mais mudanças, que anunciaremos em breve”, disse, na passada sexta-feira, um representante da rede social.
A ideia surgiu porque, nos últimos anos, muitos ativistas contra a vacinação têm usado o Facebook para partilhar comentários e informação na tentativa de dissuadir os cidadãos de tomarem vacinas. Para além disto, estão a aumentar o número de casos de sarampo e de outras doenças infeciosas nos Estados Unidos.
No estado de Washington, onde as taxas de vacinação atingem números muito baixos, foi declarado o estado de emergência em janeiro por causa de um surto de sarampo que afetou pelo menos 58 pessoas.
A medida conta com o apoio do professor e fundador do departamento de ética médica da Universidade de Nova Iorque, Arthur Caplan, e do presidente do Comité norte-americano da Inteligência, Adam Schiff, que dirigiu uma carta aberta aos diretores do Facebook, Mark Zuckergers, e do Google, Sundar Pichhai, onde manifestava a sua preocupação com a crescente informação sobre a não vacinação que circula na Internet.
“O Facebook e o Instagram estão a recomendar mensagem onde se desencoraja os pais de vacinarem os filhos - uma ameaça direta à saúde pública e o reverter do progresso do combate às doenças evitáveis através da vacinação”, escreveu.
“Não há evidências que sugiram que as vacinas causam doenças fatais ou incapacitantes e a disseminação das teorias infundadas sobre os perigos da vacinação representam um grande risco para a saúde pública”, continuou Schiff.
Quem não está satisfeito com a posição do Facebook são os ativistas anti-vacinação que, na semana passada, organizaram-se para protestar em frente ao Congresso, em Washington. Afirmam que a medida promove a falta de liberdade de expressão e coloca em causa a saúde pública.


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