ESTERILIZAÇÃO/CASTRAÇÃO: VANTAGENS E DESVANTAGENS PARA OS GATOS

ESTERILIZAÇÃO/CASTRAÇÃO: VANTAGENS E DESVANTAGENS PARA OS GATOS

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  Tupam Editores

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A esterilização/castração de gatos traz vantagens e desvantagens em termos de saúde e atenua o comportamento relacionado com o cio nestes animais. É uma operação rotineira, mas não deixa de envolver os riscos que acarretam uma cirurgia.

Os gatos são animais que se reproduzem de forma exponencial e cujo controlo é muito difícil. Uma gata pode ter três ou quatro ninhadas num ano, cada uma delas com 5 ou 6 gatinhos (em média). Os seus períodos de cio são sucessivos e se nada se fizer para os controlar ou impedir a reprodução, a gata vai ter muitas dezenas de filhos ao longo da sua vida, o que é prejudicial para a sua saúde.

Pensa-se, por vezes erradamente, que o problema da elevada taxa de reprodução dos gatos está apenas ligada aos gatos de rua. A verdade é que os gatos domésticos entram muitas vezes em contacto com estes. Por esta razão, torna-se responsabilidade das pessoas fazer o que está ao seu alcance para assegurar que o seu gato não vai contribuir para o aumento deste problema.

Segundo a Sociedade Mundial para a Proteção dos Animais (WSPA), em casos extremos, uma gata pode ser responsável por mais 2000 gatos na família, em apenas dois anos.

Perante estes números, e sabendo que a esterilização dos animais tem vantagens para a sociedade e para o dono, cabe a este ponderar sobre os aspetos positivos e negativos de uma esterilização/castração do gato.

Esta operação rotineira é um método definitivo de controlo de natalidade e uma forma eficaz de impedir que o número de gatos para adoção aumente, diminuindo assim o número de animais abandonados nas ruas e/ou abatidos em gatis.

Entre as vantagens deste método está a prevenção do aparecimento de doenças como as infeções do aparelho reprodutivo e os quistos mamários, que a pílula ou os cios sucessivos tornam mais frequentes.

Evitam o sofrimento físico, o stress e a ansiedade que os felinos sentem nos períodos de cio – o facto de não acasalarem faz com que os animais entrem em grande stress e permanente estado de ansiedade, deixando de comer e até de dormir.

Vantagens para os animais

Os machos tornam-se mais calmos e menos agressivos para com outros gatos. Este aspeto é muito importante se o gato tiver acesso ao exterior ou se conseguir fugir de casa. As lutas entre machos são a principal forma de transmissão de muitas doenças incuráveis como a leucemia ou a SIDA felina.

Nas fêmeas, a esterilização poupa-as ao stress provocado por cios que não terminam em cópula. Existem também doenças sexualmente transmissíveis nos felinos e uma gata com cio que foge de casa traz geralmente complicações, e uma provável gravidez.

Mas o principal facto que leva os donos a adotarem pela esterilização é mesmo as vantagens em termos de saúde.

Os tumores mamários estão entre os três tipos de tumores mais comuns nas gatas e são, quase na totalidade dos casos, malignos. A esterilização reduz a probabilidade do desenvolvimento deste tipo de tumores porque impede as alterações hormonais que surgem na gravidez que podem contribuir para a formação destes nódulos.

Nas fêmeas podem ser evitadas outras doenças como a piometra, inflamação no útero, – comum nas gatas idosas e que pode ser fatal se não for feita a esterilização, e tumores do útero e dos ovários.

Nos machos elimina-se a possibilidade de se desenvolverem tumores nos testículos, já que estes são removidos.

Os animais tornam-se também mais dóceis e meigos e a probabilidade de vir a perdê-los por fuga, na tentativa de acasalar também fica diminuída. No entanto, como em tudo, existem também algumas desvantagens que são de mencionar. As infeções urinárias são mais comuns entre os gatos esterilizados/castrados.

A dieta destes animais necessita de sofrer alterações pois ao tornarem-se menos excitáveis e mais calmos, podem tornar-se obesos, se a quantidade de ração não for diminuída.

Apesar de ser, hoje em dia, uma cirurgia rotineira e comum, envolve riscos e implica sempre cuidados pós-operatórios.

Caso haja a aplicação de pontos externos, deve colocar na gata um colar isabelino, roupa, ou um penso preso com rede, conforme se justificar, para que a gata não consiga chegar aos pontos com a boca.

Geralmente, os animais regressam a casa no mesmo dia em que é feita a operação ou no dia seguinte e recuperam bem. Muitos mostram-se ativos logo no dia seguinte.

Quando deve esterilizar?

A esterilização quando a gata está no cio ou quando se encontra nos últimos dias da gravidez envolve riscos acrescidos. Alguns veterinários preferem esperar algumas semanas para realizarem a cirurgia.

Em regra, existe consenso quanto à idade de esterilização das fêmeas (6 meses), podendo ser efetuada antes do 1º cio. Algumas gatas têm cios antes desta idade, geralmente pouco expansivos.

No caso dos machos, as opiniões dividem-se quanto à idade ideal para a operação. Mais recentemente, alguns veterinários começaram a defender a castração com idade inferior a 6 meses.

Antes de se tomar qualquer decisão deverá ser ponderado o que é melhor para o animal e o seu dono. A esterilização/castração é um processo irreversível que não dá por isso azo a arrependimentos.

O veterinário é quem melhor consegue informar sobre tudo o que envolve esta cirurgia, por isso não deixe de lhe expor todas as suas dúvidas.

Autor:
Tupam Editores

Última revisão:
19 de Novembro de 2024

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