
Cruzamento indesejado entre javalis e porcos domésticos aumenta risco de PSA
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Tupam Editores
O alerta vem do presidente da Associação de Criadores de Porco Alentejano (ACPA): se o aumento exponencial do número de javalis em Portugal contribuir para a disseminação da peste suína africana (PSA), “será uma catástrofe”.
Devido à gravidade, rápida evolução da doença e à grande difusibilidade do vírus, a doença tem um elevado impacto social e económico, devido às perdas provocadas.
Nuno Faustino manifestou as suas preocupações com o impacto que a PSA poderá ter na fileira do porco alentejano, pois com a presença da doença “as fronteiras fecham e não há onde colocar o produto”.
O presidente da ACPA abordou ainda as dificuldades de contenção da doença, já que os javalis conseguem ter acesso às porcas domésticas reprodutoras.
Segundo Carlos Fonseca, biólogo e investigador da Universidade de Aveiro, esta situação não é nova e Portugal poderá vir a ter peste suína a curto/médio prazo, em parte provocada pelo aumento exponencial de javalis em simultâneo com o decréscimo de caçadores.
De referir que a zona onde a presença de javalis é mais significativa estende-se desde a região alentejana (Serpa) até ao distrito de Castelo Branco. Por ano, são abatidos legalmente uma média de 30 mil javalis em 4 mil zonas de caça em Portugal.
Os surtos de PSA na Europa já causaram inclusive um incidente diplomático entre a Roménia e a Bulgária, países onde foi detetada a doença. No mês passado a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) confirmou que o número de surtos ativos da doença já atingiu os 5763, em 15 países de todo o mundo.
Na Europa, já foram detetados surtos em países como a Itália, Polónia, Bélgica, Letónia, Moldávia, Bulgária, Roménia e Rússia, num total de 11 países europeus.


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