Embora exercícios moderados combinados com uma boa dieta e estilo de vida possam melhorar a circulação e reduzir o risco de doenças cardiovasculares, sem um descanso adequado podem ter efeitos negativos. As consequências incluem a possibilidade de fibrose miocárdica, arritmias e um risco aumentado de desenvolver doenças cardíacas, levando inclusive a microenfartes assintomáticos.

Alguns estudos também descobriram uma maior prevalência de aterosclerose coronária entre pessoas que atingiam a resistência extrema na corrida. Por outro lado, embora o treino aeróbico regular melhore a capacidade pulmonar, a prática prolongada em condições extremas pode aumentar o risco de inflamação brônquica e de lesão pulmonar.

Quando este tipo de desporto é praticado em áreas muito frias ou com níveis elevados de poluição, pode causar irritação nas vias respiratórias, contribuindo para patologias como asma ou infeções respiratórias recorrentes.

Mas os prejuízos não ficam por aqui. O sistema renal também pode ser afetado, por exemplo, em corridas de resistência extrema podendo ocorrer desidratação grave devido ao esforço físico prolongado, assim como rabdomiólise – quando as fibras musculares se rompem e libertam proteínas prejudiciais para a corrente sanguínea. Este tipo de processos pode sobrecarregar os rins, aumentando o risco de insuficiência renal aguda.

Podem igualmente ocorrer danos nas articulações durante a corrida, o que aumenta o risco de fraturas por stress. Assim, os especialistas recomendam uma hidratação adequada antes, durante e após o exercício.

Antes de praticar qualquer desporto deve-se consultar um profissional pois a falta de técnica adequada pode causar lesões. Outro conselho é alternar as sessões de corrida com outros desportos que induzam menos lesões, como a natação e o ciclismo, que causam menos impacto nas articulações.