ESQUIZOFRENIA

Covid-19 tem impacto no cérebro semelhante à esquizofrenia

O impacto da Covid-19 no cérebro é semelhante ao da esquizofrenia, apurou um estudo levado a cabo por investigadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), do Instituto D’Or e do Centro Nacional de Pesquisas em Energia e Materiais, no Brasil. Segundo os especialistas, ambas as doenças aceleram o envelhecimento cerebral e aumentam o risco de diabetes.

Covid-19 tem impacto no cérebro semelhante à esquizofrenia

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A ciência já havia confirmado que pessoas com esquizofrenia tinham maior risco de desenvolver formas graves de Covid-19. Foi para perceber essa relação que se deu início ao estudo, que veio provar várias semelhanças entre as patologias.

Durante a investigação, publicada na revista European Archives of Psychiatry, os especialistas compararam cérebros de pessoas que haviam morrido de Covid-19 com os de indivíduos que tinham esquizofrenia, tendo identificado as proteínas presentes nos órgãos dos participantes, tanto nos de óbitos causados pela doença respiratória como nos de pacientes que tinham o transtorno.

Daniel Martins-de-Souza, da Unicamp, revelou que se esperava encontrar mais diferenças do que semelhanças, uma vez que uma das condições é uma infeção viral aguda e a outra é uma doença que acontece desde o neurodesenvolvimento, com base genética, no entanto, observou-se o contrário.

Segundo o principal autor do estudo, ambas as doenças criam estados inflamatórios que aceleram o envelhecimento cerebral e modificam os processos de comunicação do cérebro com o organismo. A longo prazo, essa combinação pode contribuir para deficiências cognitivas e sintomas psiquiátricos.

Em pessoas com esquizofrenia esses efeitos demoram 20 ou 30 anos para causar os sintomas mais graves de confusão mental, mas a Covid-19 pode fazer isso ocorrer ainda mais rápido, razão pela qual os especialistas salientam a necessidade de outras investigações.

O estudo concluiu ainda que a Covid-19 e a esquizofrenia podem aumentar, de forma semelhante, o risco de diabetes, por alterarem a forma como o corpo processa os hidratos de carbono, especialmente a glicose, atrapalhando a forma como o organismo controla o açúcar em circulação no sangue.

Fonte: Tupam Editores

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