ANESTESIA

Anestésicos não comprometem função cerebral em crianças

Um estudo liderado pela Universidade de Queensland, na Austrália, descobriu que múltiplas doses de anestésicos não comprometem a função cerebral de crianças pequenas. O resultado veio tranquilizar os médicos e os pais das crianças que necessitam de anestésicos repetidos.

Anestésicos não comprometem função cerebral em crianças

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Estudos anteriores realizados em animais jovens haviam mostrado potenciais mudanças na aprendizagem e comportamento e outras investigações que analisaram grupos de crianças levantaram preocupações sobre mudanças cerebrais. No entanto, os estudos em animais nem sempre revelam como os humanos reagiriam e os resultados mais desfavoráveis nas crianças podem dever-se à própria doença ou ao procedimento que exigiu o anestésico.

O novo estudo, publicado no The Lancet Respiratory Medicine, fez parte de um ensaio realizado na Austrália e na Nova Zelândia e envolveu crianças menores de 5 anos com fibrose cística, também conhecida como mucoviscidose.

Foi recolhido o muco de dois grupos de crianças, o que deu aos especialistas a oportunidade de estudar o impacto de doses repetidas de anestésicos. Esse fluido foi recolhido dos pulmões de um grupo sob anestesia, enquanto para o outro grupo foram utilizados esfregaços de garganta sem anestesia.

De acordo com o professor Andrew Davidson, do Instituto de Investigação Infantil Murdoch, as diferentes técnicas utilizadas para extração de muco não tiveram qualquer impacto nos resultados da fibrose cística – uma doença genética, progressiva que se transmite de pais para filhos.

Quando se avaliou se os anestésicos haviam tido algum efeito nos impactos cognitivos ou comportamentais, descobriu-se que não. A exposição múltipla à anestesia geral nessas crianças não causou prejuízo funcional da atenção, do quoficiente intelectual (QI), da função executiva ou da estrutura cerebral em comparação com o grupo que recebeu menos anestésicos.

Fonte: Tupam Editores

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