DEPRESSÃO

Cientistas avaliam potencial de veneno de sapo para a depressão

Uma investigação da Columbia sugere que o veneno modificado de um sapo pode ajudar no tratamento da depressão. De acordo com o estudo, publicado na revista Nature, um composto (5-MeO-DMT) do veneno psicodélico produzido pela espécie Incilius alvarius mostrou eficácia em conter a depressão e ansiedade de roedores.

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Segundo os especialistas, estes psicadélicos atuam através de uma interação com os recetores de serotonina, um neurotransmissor essencial na comunicação celular e o responsável pela boa disposição, por exemplo.

Durante a investigação, o grupo da Icahn School of Medicine, nos Estados Unidos, analisou o modo como o 5-MeO-DMT interage com um tipo de recetor de serotonina chamado 5-HT 1A e modificou a estrutura do composto psicodélico em diferentes locais, criando variantes para serem testadas.

O 5-MeO-DMT, que às vezes é chamado de “molécula divina”, despertou o interesse dos investigadores há muitos anos devido às suas experiências subjetivas intensas e únicas e, mais recentemente, aos sinais terapêuticos promissores em estudos clínicos preliminares.

Neste estudo, foram estabelecidas comparações com LSD e medicamentos concentrados no 5-HT 1A, o que permitiu descobrir que o composto do veneno de sapo consegue um efeito antidepressivo e ansiolítico semelhante.

Os investigadores constataram que quando o 5-MeO-DMT é ingerido ou introduzido no corpo de alguma forma, atravessa a barreira hematoencefálica e liga-se aos recetores de serotonina, causando uma série de efeitos.
Entre esses efeitos estão alterações na perceção sensorial (como aumento da intensidade das cores, sons e sensações táteis, por exemplo. No entanto, as consequências podem variar de pessoa para pessoa e também dependem da dose consumida.

Apesar de o veneno ter propriedades psicodélicas, o composto conseguiu os efeitos sem interferir diretamente na perceção e nos sentidos dos roedores.
A esperança dos investigadores é que estas descobertas facilitem o desenvolvimento futuro de medicamentos para perturbações neuropsiquiátricas, contudo, ainda são necessárias mais investigações para avaliar se as descobertas se podem traduzir nos seres humanos.

Fonte: Tupam Editores

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