DEPRESSÃO

Viver perto de áreas verdes reduz risco de depressão e ansiedade

Nas últimas décadas, um número crescente de pessoas migrou para áreas urbanas, o que levou a população das áreas rurais a diminuir drasticamente. Embora os parques e outros espaços verdes sejam considerados benéficos para o bem-estar das pessoas que vivem nas cidades e regiões urbanas, até agora poucos estudos haviam explorado o impacto destes espaços na saúde mental.

Viver perto de áreas verdes reduz risco de depressão e ansiedade

MENTE E RELACIONAMENTOS

DEPRESSÃO - A GUERRA ENTRE A APATIA E O ÂNIMO


Uma equipa de investigadores da Universidade de Ciência e Tecnologia Huazhong, na China, realizou recentemente um estudo que investigou a ligação potencial entre a exposição prolongada a espaços verdes próximos de casa e dois dos distúrbios de saúde mental mais comuns: a depressão e a ansiedade.
As descobertas, publicadas na Nature Mental Health, sugerem que viver perto de parques e áreas verdes pode reduzir o risco de se ficar deprimido e sentir ansiedade.

O interesse da investigação era a epidemiologia ambiental, que se concentra principalmente nos impactos da exposição ambiental, como vegetação e poluentes atmosféricos, na saúde humana. Segundo Yaohua Tian, coautor do artigo, parece haver um consenso em relação aos espaços verdes, assumindo-se que o verde poder reduzir o stress e melhorar o humor. No entanto, não se sabia se existiam evidências científicas que apoiassem esta afirmação.

No estudo, os especialistas analisaram dados recolhidos do banco de dados do Biobanco do Reino Unido de 409.556 pessoas. Foi analisada especificamente a distância entre os participantes e as áreas verdes, em conjunto com as pontuações de bem-estar auto-relatadas, assim como as hospitalizações, admissões hospitalares e mortes na sua área residencial.

Foi avaliado o nível de vegetação em volta da residência de cada participante em 300m, 500m, 1.000m e 1.500m. Depois, a equipa determinou o risco de desenvolver problemas de saúde mental ao longo de cerca de 12 anos, o que foi conseguido através de registos nacionais no registo de óbitos, internamentos hospitalares, cuidados primários e autorrelatos.
Durante o acompanhamento, 14.309 e 16.692 pacientes foram diagnosticados com depressão e ansiedade, respetivamente.

Os resultados sugerem que existe uma ligação entre a proximidade prolongada a áreas verdes residenciais e a incidência de depressão e ansiedade. Mais especificamente, sugerem que viver perto de parques e de outras áreas verdes diminui o risco de sofrer depressão e ansiedade.

Pôde concluir-se, então, que a exposição a longo prazo à vegetação residencial está associada a uma diminuição do risco de incidentes de depressão e ansiedade, e a redução da poluição do ar nas áreas mais verdes provavelmente desempenha um papel importante nesta tendência. Por outras palavras, a expansão dos espaços verdes urbanos poderia promover uma boa saúde mental.

Fonte: Tupam Editores

OUTRAS NOTÍCIAS RELACIONADAS


ÚLTIMAS NOTÍCIAS