Os exercícios na velhice costumam ser considerados ineficazes, no entanto, são vários os estudos a indicar que o exercício aeróbico mais tarde na vida reduz o risco de mortalidade relacionada com doenças cardiovasculares. Mas os fatores específicos que contribuem para este efeito não estão completamente compreendidos.

Os especialistas tinham como objetivo investigar se o exercício regular com o envelhecimento pode prevenir danos ao ADN e disfunção dos telómeros – capas protetoras nas extremidades dos cromossomas.

Durante o estudo de quatro meses, 15 ratos machos tiveram acesso a uma roda de corrida voluntária. Os animais foram distribuídos em grupos de corrida elevada, moderada e baixa com base nas distâncias de corrida consistentes.
Foram recolhidos tecidos aórticos expostos a diferentes padrões de fluxo sanguíneo para avaliar danos ao ADN e a função dos telómeros. As descobertas sugerem que o aumento do nível de exercício mais tarde na vida tem um impacto benéfico nos danos ao ADN e na disfunção dos telómeros.

O exercício demonstrou ser especialmente útil nas células que entram em contacto direto com o fluxo sanguíneo (células endoteliais). Os benefícios do exercício aeróbico são particularmente visíveis nas regiões aórticas menos propensas à aterosclerose devido aos padrões favoráveis de fluxo sanguíneo.

Existem muitos fatores que contribuem para o envelhecimento arterial, mas o fator determinante entre eles são os danos no ADN. Embora sejam necessários mais estudos nesta área, os fisiologistas esperam que estas descobertas estabeleçam as bases para melhorar a saúde humana no futuro.

Segundo Jisok Lim, principal autor do estudo, as novas descobertas terão um grande impacto na compreensão dos mecanismos de como o exercício aeróbico melhora a saúde vascular ao nível da estabilidade genómica.