Terapia com luz vermelha melhora níveis de açúcar no sangue
A maioria dos diagnósticos de diabetes são de diabetes tipo 2 (DT2). Ao contrário da diabetes tipo 1, que é uma doença autoimune, a DT2 é potencialmente reversível com medicamentos e mudanças no estilo de vida que ajudam a controlar os níveis de açúcar no sangue.
A diabetes é uma das causas mais importantes de morbilidade e mortalidade em todo o mundo, ameaçando, no mínimo, 16 milhões de norte-americanos, 10 milhões de europeus e 500 mil portugueses.
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Um novo estudo realizado por investigadores da City University London sugere que a terapia com luz vermelha pode ajudar os pacientes a controlar o açúcar no sangue. Apesar de o estudo, publicado recentemente no Journal of Biophotonics, ter sido levado a cabo em pessoas sem diabetes, os especialistas acreditam que a terapia pode ser útil para aqueles com a condição.
A luz vermelha pode penetrar na pele e ter um impacto positivo nas mitocôndrias dentro das células do corpo, ajudando a criar mais energia e permitindo que as células funcionem melhor e se reparem.
Para a investigação foram recrutados 30 participantes saudáveis, sem condições metabólicas conhecidas e que na altura não tomavam nenhum medicamento. Metade do grupo recebeu um tratamento de luz vermelha de 670 nanómetros (nm) durante 15 minutos, 45 minutos antes de beber 75 gramas de açúcar diluído em 150 mL de água. A outra metade do grupo também bebeu a bebida açucarada, mas não fez a terapia com luz vermelha.
Todos os participantes tiveram de fazer testes orais de tolerância à glicose e registar os seus níveis de açúcar no sangue a cada 15 minutos durante as duas horas seguintes.
Após análise, os especialistas descobriram que os participantes que receberam a terapia com luz vermelha conseguiram reduzir em 27,7% o nível máximo de açúcar no sangue e ainda reduziram os níveis totais de açúcar no sangue em 7,5% durante as duas horas, em comparação com o grupo controle, ou seja, aqueles que não foram expostos à terapia com a luz.
O Dr. Michael Powner, autor principal do estudo, destacou a influência da luz nas mitocôndrias e a importância das descobertas para o controle da diabetes.
Dado o aumento do uso de iluminação de LED, que emite predominantemente luz azul, os autores alertam para um possível problema de saúde pública. Este estudo realça as consequências significativas para a saúde humana a longo prazo, incluindo a potencial desregulação dos níveis de açúcar no sangue causada pela exposição prolongada à luz azul.
Fica evidente a importância de equilibrar a exposição à luz azul com a luz vermelha – felizmente a luz solar oferece essa combinação naturalmente.
