A perda auditiva só afeta os idosos? Esclareça todas as dúvidas
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), aproximadamente 20% da população mundial vive com perda de audição e estima-se que, até 2050, esse número aumente significativamente. Apesar de ser um dos problemas de saúde mais comuns, ainda é um tema pouco compreendido e que suscita algumas questões.
Uma das dúvidas que convém esclarecer é que a perda auditiva não afeta apenas os idosos. O nosso sistema auditivo vai-se desgastando ao longo dos anos e é natural que qualquer um de nós venha a sofrer de perda auditiva com a idade, no entanto, o facto de ser mais comum em idosos, não significa que não possa surgir noutras faixas etárias.
Os dados da OMS revelam que existem cerca de 1,5 mil milhões de pessoas com perda auditiva, e destas 34 milhões são crianças. A surdez pode ser causada por infeções virais ou bacterianas, medicamentos, exposição a níveis elevados de ruído ou doenças genéticas, pelo que qualquer pessoa, em qualquer altura da vida, pode sofrer de perda de audição.
E ouvir música alta, pode causar perda de audição? A música é um estímulo auditivo indissociável do dia-a-dia dos jovens, importante para o seu desenvolvimento psico-emocional e social, e que apresenta efeitos terapêuticos duradouros, no entanto, ouvir música numa intensidade (volume) muito elevada é prejudicial à audição.
A exposição a níveis elevados de ruído, especialmente durante períodos prolongados, danifica as células sensoriais do ouvido interno e, em casos mais recorrentes, os nervos associados à audição. E uma vez danificados, estas células e nervos não se regeneram. Para preservar a saúde dos ouvidos é importante não ultrapassar os 85 decibéis de nível de ruído.
Muitas vezes uma perda auditiva agrava-se porque nem todas as pessoas que sofrem do problema se apercebem dele. Isto porque a audição vai piorando de forma progressiva ao longo do tempo, e muitas pessoas só se apercebem que ouvem mal quando a perda auditiva já é muito significativa.
Os aparelhos auditivos curam a perda de audição? Embora não curem as lesões nos ouvidos, têm um papel chave na vida de quem os usa, pois acabam por ajudar a corrigir ou compensar a perda de audição. Também há quem pense que a sua utilização torna o ouvido "preguiçoso", mas isto não é verdade, aliás, acontece precisamente o oposto.
Uma das principais vantagens da reabilitação auditiva precoce é repor a correta estimulação para que este fique mais ativo. Tenha em mente que os aparelhos auditivos não estão indicados apenas para os casos graves. É importante procurar ajuda profissional o mais cedo possível para evitar que o quadro clínico se agrave e para iniciar a reabilitação auditiva atempadamente.
Para cuidar da saúde dos ouvidos e prevenir problemas auditivos, recomenda-se a redução do tempo de exposição, ou o uso de protetores, em locais de ruído intenso; a utilização de auriculares ou auscultadores de forma segura; a adoção de um estilo de vida saudável e a realização de exames auditivos com regularidade.
Diga Não ao som ou ruídos elevados, preserve a sua audição!