Este estudo observacional randomizado por cluster, publicado no New England Journal of Medicine, tinha como objetivo avaliar a eficácia das vacinas recombinantes em comparação com vacinas de dose padrão em relação aos resultados relacionados à gripe em adultos com idade inferior a 65 anos.

Durante as temporadas de influenza de 2018 a 2019 e de 2019 a 2020, foi administrada rotineiramente uma vacina recombinante contra influenza em doses elevadas (Flublok Quadrivalent) ou uma das duas vacinas contra influenza em dose padrão em adultos dos 50 aos 64 anos e dos 18 aos 49 anos.

A população do estudo incluiu 1.630.328 vacinados (632.962 no grupo da vacina recombinante e 997.366 no grupo da dose padrão). Durante este período de estudo, foram diagnosticados 1.386 casos de influenza confirmados por teste PCR no grupo da vacina recombinante e 2.435 casos no grupo da dose padrão.

Os especialistas constataram que entre aqueles com idade entre 50 e 64 anos, 559 participantes (2,00 casos por 1.000) testaram positivo para influenza no grupo da vacina recombinante, em comparação com 925 participantes (2,34 casos por 1.000) no grupo de dose padrão. Na mesma faixa etária, a eficácia relativa da vacina contra a gripe A foi de 15,7%. Em comparação com as vacinas de dose padrão, a vacina recombinante não foi significativamente mais protetora contra a hospitalização relacionada com a gripe.

De acordo com Amber Hsiao, uma das investigadoras envolvidas, a vacina recombinante de alta dose conferiu mais proteção contra a gripe confirmada por PCR do que uma vacina de dose padrão à base de ovo entre adultos com idades entre os 50 e os 64 anos.