O início do mês de dezembro é para muitos a altura de adquirir a árvore – um dos principais símbolos da data. Enquanto uns continuam a preferir o tradicional pinheiro de Natal, outros já se renderam às árvores artificiais, que duram ano após ano. Mas estas árvores “escondem” alergias.

Se começa a pingar do nariz ou com congestionamento nasal perante a árvore de Natal fresca, isso pode querer dizer que é alérgico às esporas microscópicas da árvores, que se reproduzem nas plantas perenes, inclusive as interiores. Para ultrapassar o problema os especialistas aconselham a deixar secar a árvore num local fechado, por exemplo, a garagem, antes de a levar para casa. Já com a árvore em casa procure ventilar o espaço o mais possível.

Mas as árvores artificiais e os restantes enfeites também podem esconder perigos à saúde. Para começar, o desempacotamento das árvores artificiais criam poeiras irritantes, podendo agravar sintomas a doentes que sofram de rinite ou asma. E os sprays que simulam a existência de neve só agravam esses sintomas. São decorações irritativas das vias aéreas.
A Sociedade Portuguesa de Alergologia aconselha a ler com cuidado as fichas técnicas destes produtos, utilizando, caso seja necessário, máscaras ou equipamentos de proteção aquando do seu uso. Espirros, dores de cabeça, irritação nos olhos e nariz são os sintomas desta alergia natalícia.

Há ainda outros elementos relacionados ao Natal que merecem destaque, como as poinsétias, isto porque o latex presente nas suas folhas também pode desencadear alergias nalgumas pessoas. Os odores natalícios – velas e fragrâncias – são mais um problema para quem sofre de alergias. Se é um dos afetados, saiba que quanto mais secas forem as fragrâncias, melhor.

Quando se fala de reações alérgicas no Natal não se pode deixar de mencionar as alimentares, que são bastante comuns. Se se pergunta porque isto acontece, pense em quantos alimentos se consomem neste mês que não estão geralmente incluídos na sua dieta. Os campeões das alergias alimentares são:

Nozes – muitas receitas natalícias incluem nozes, como bolos, biscoitos ou torrões. As pessoas com alergias devem estar atentas a estes ingredientes.

Os pratos de marisco são a estrela das ementas de Natal. Frutos do mar, como camarão e caranguejo também podem desencadear reações alérgicas.

Lácteos – São ingredientes comuns nas receitas, para criar sobremesas especiais. Assim, as pessoas com alergia aos lácteos devem procurar alternativas a este composto. É importante verificar os ingredientes de cada prato, pois também é comum o uso de outras bebidas vegetais e que apareça, por exemplo, a alergia à soja.

Trigo – Os alimentos que contêm glúten, como o pão, os biscoitos e os bolos, podem desencadear alergias em pessoas com doença celíaca ou sensibilidade ao glúten.

Alguns sintomas comuns de reação alérgica são vermelhidão na pele, especialmente nos lábios, comichão na garganta e/ou boca, diarreia e náuseas/vómitos.

Para aproveitar as festas sem surpresas desagradáveis, a pessoa com alergias deve, tal como quando come num restaurante, comunicar de forma muito específica e clara as alergias que tem. Idealmente esta informação deve ser facultada com antecedência para que o anfitrião possa organizar o menu o quanto antes. Com as devidas substituições, os sabores, a alegria e o clima do Natal chegam a todos!