As descobertas são um aviso para as pessoas alérgicas a este fruto seco, mas também podem levar a diagnósticos mais rápidos em caso de urgência em indivíduos com todas as alergias anafiláticas.

A investigação, publicada no International Archives of Allergy and Immunology, analisou dados de mais de 1.100 casos de alergia tratados nas emergências do Canadá ao longo de 10 anos. A equipa descobriu padrões entre os gatilhos e os sintomas de anafilaxia, uma reação alérgica que pode ser fatal em minutos, se não for tratada.

A comida foi considerada o gatilho mais comum, responsável por mais da metade dos casos. Entre os alimentos, as nozes destacaram-se devido à forte ligação com o aperto na garganta em comparação com outros alergénios. As reações ao veneno de picadas de insetos tinham maior propensão para desencadear problemas cardíacos, como uma diminuição na pressão arterial.

Embora os médicos geralmente tratem a anafilaxia eficazmente com epinefrina, ainda não se entende por que determinados gatilhos causam sintomas específicos – uma lacuna de conhecimento que pode atrasar o diagnóstico e o tratamento da condição.

Segundo o autor principal, Roy Khalaf, há que redobrar a atenção nesta época festiva em que há uma maior abundância de guloseimas à base de nozes e bebidas especiais.

Os resultados do estudo podem ter implicações nas práticas de rotulagem na indústria de alimentos e bebidas, levando a informações mais claras sobre os alergénios para proteger os consumidores.

O próximo passo dos investigadores é explorar reações mais brandas, acompanhadas fora das emergências, e investigar a relação entre as nozes e o álcool para melhorar a forma de gerir as alergias.