Ter um animal de estimação pode abrandar o declínio cognitivo
Ter um cão ou um gato faz-nos bem, e o que não falta são estudos que comprovam os benefícios para a nossa saúde física e mental. De acordo com um novo estudo realizado por investigadores da Universidade de Maryland, nos Estados Unidos, os animais de estimação também ajudam a abrandar o declínio cognitivo, especialmente se o cão for passeado com regularidade.
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Na investigação, publicada em setembro na revista Scientific Reports, foram examinados os dados de 637 participantes com idades compreendidas entre os 51 e os 101 anos. Destes, 185 eram donos de animais de estimação, sendo que 11% possuíam gatos e 13% possuíam cães.
A análise permitiu concluir que, ao longo de uma década – e após considerar tanto a saúde pré-existente como a idade –, os indivíduos que tinham animais de estimação experimentaram menos declínio na função cognitiva à medida que envelheciam. E isso incluiu a memória, a função executiva, a função linguística, a velocidade psicomotora e a velocidade de processamento.
Segundo os investigadores, os donos dos gatos experimentaram menos deterioração na memória e na função da linguagem. Mas passear com os cães também foi associado a uma deterioração mais lenta na função cognitiva. Possuir cães ainda pode levar a um aumento da atividade física devido à necessidade que estes animais têm de fazer exercícios diários, o que benéfico para a saúde.
Estudos anteriores haviam revelado que interagir com animais de estimação também pode trazer outros benefícios, incluindo a redução do risco de doenças cardíacas e a regulação da pressão arterial.
Os especialistas esperam que os legisladores utilizem estas descobertas para incluir os animais de estimação nos planos de cuidados, desenvolvendo habitações e bairros para idosos que sejam pensadas para passear com os cães, além de desenvolverem programas para apoiar a posse de animais de estimação.