A portaria sublinha a importância de manter os “elevados níveis de adesão” à vacinação contra a gripe mas também a importância de continuar a vacinação contra a Covid-19.

Segundo André Peralta, sub-diretor-geral da DGS, a campanha de vacinação terá início na segunda quinzena de setembro e, até lá, será disponibilizada informação sobre o processo de agendamento da vacina e as farmácias aderentes.
Podem participar na campanha de vacinação sazonal todas as farmácias comunitárias que tenham serviço de administração de vacinas, profissionais com formação específica para administração de vacinas e que manifestem disponibilidade para participar.

Em Portugal existem cerca de 2.800 farmácias, das quais 2.600 têm farmacêuticos com competência para administrar medicamentos injetáveis de vacinação, o que corresponde a seis mil profissionais.
Apesar de cada vacina ter a sua especificidade, pós-administração não há grandes diferenças relativamente à vacina da gripe. As farmácias têm todas as condições para gerir efeitos adversos ligados à vacina da gripe e têm exatamente as mesmas condições para assegurar a gestão de efeitos adversos que possam existir na vacina contra a Covid.

De acordo com a portaria, cabe agora à DGS proceder à emissão das orientações técnicas que presidem ao processo de vacinação, nomeadamente com a definição dos critérios de vacinação e dos utentes elegíveis.
Entretanto, o sub-diretor da DGS já avançou que a população elegível será muito semelhante à do ano passado, ou seja, aqueles com mais de 60 anos e os "mais vulneráveis".

Importa referir que apesar de a OMS ter declarado o fim da pandemia de Covid-19 no dia 5 de maio de 2023, o European Centre for Disease Prevention and Control (ECDC) mantém a indicação para a vacinação sazonal contra a Covid-19, com vacinas adaptadas às estirpes do vírus SARS-CoV-2 em circulação.