Nova esperança para a Alzheimer
Foi anunciado pelos realizadores do evento, que vai ser apresentada na reunião da American Heart Association´s Basic Cardiovascular Sciences Cientific Sessions 2023 que decorre em Boston nos EUA, entre os dias 31 de julho e 31 de agosto de 2023, uma nova vacina contra a doença de Alzheimer, que poderá constituir a esperança que faltava.
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Estima-se que, actualmente, existam 20 milhões de pessoas, em todo o mundo, a sofrer de Alzheimer. A cada ano que passa, 4,6 milhões de pessoas são atingidas. LER MAIS
O novo fármaco anunciado, foi desenvolvido pela Juntendo University Graduate School of Medicine em Tóquio no Japão tendo sido revelado que por enquanto, os testes apenas foram realizados em animais, mas que a vacina mostrou ter capacidade para atingir as células do cérebro que estão inflamadas devido ao declínio cognitivo.
Nos testes realizados, a vacina provocou a redução do grau de inflamação nos animais, além de também ter melhorado a sua percepção, o que levou Chieh-Lun Hsiao, um dos principais autores do estudo, a declarar que “esta poderá ser uma forma potencial de prevenir ou modificar uma doença” e “que o desafio futuro será alcançar resultados semelhantes em humanos”, acrescentado ainda “se a vacina for bem sucedida em humanos, seria um grande passo para retardar a progressão da doença ou até mesmo a sua prevenção”.
Este fármaco, ainda em desenvolvimento, além de ter a particularidade de reduzir os fatores inflamatórios, alterou também o comportamento dos pacientes para melhor, neste caso dos animais.
O novo fármaco, designado por donanemab, está a ser desenvolvido pela Farmacêutica Eli Lilly, pode retardar o agravamento da doença até cerca de sete meses, mas segundo estudo divulgado, ainda comporta o risco de danos cerebrais. Entretanto a Eli Lilly já solicitou a sua aprovação à Food and Drug Administration (FDA).
Embora a Lilly já tivesse anunciado, em maio passado, que o fármaco parecia funcionar, os resultados finais de um ensaio clínico envolvendo 1700 doentes, só agora foram publicados pela revista científica Journal of the American Medical Association (JAMA), e apresentados em conferência da Associação Internacional de Alzheimer em Amesterdão.