ESCLEROSE

Medicação oral é primeira escolha no tratamento da EM

A maioria dos indivíduos com esclerose múltipla (EM) trata o distúrbio neurológico crónico e progressivo com medicamentos orais, provavelmente devido a fatores como conveniência, publicidade ao consumidor e aprovação das seguradoras de saúde, apurou um estudo levado a cabo por investigadores da Universidade Rutgers.

Medicação oral é primeira escolha no tratamento da EM

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ESCLEROSE MÚLTIPLA


Segundo Mackenzie Henderson, principal autora do estudo, embora duas terapias injetáveis já tenham sido a base do tratamento da EM, descobriu-se que as terapias orais se tornaram o tratamento predominante para a doença até 2020. Este trabalho representa um passo importante na compreensão da evolução do cenário de tratamento da EM entre adultos e crianças dos EUA.

A investigação, publicada no JAMA Neurology, examinou uma amostra grande e diversificada de adultos e crianças com seguro nos EUA para avaliar as tendências na aceitação de terapias entre 2001 e 2020 em pacientes com EM. Em 2000 havia dois medicamentos aprovados para o tratamento da doença nos EUA mas, nos últimos 20 anos, mais de 10 novos medicamentos foram aprovados.

A análise sobre como essas aprovações mudaram a prática clínica tem sido limitada. Mas o novo estudo da Rutgers mostra que as terapias injetáveis representavam quase 100% dos medicamentos para pacientes com EM em 2001, mas que em 2020 esse número diminuiu para cerca de 25%, tendo as terapias orais sofrido um aumento acentuado após a sua introdução em 2010.

Usando dados de reivindicações comerciais de mais de 100.000 pacientes com EM entre 2001 e 2020, os especialistas analisaram as tendências de tratamento injetável, por infusão e oral. Descobriram, então, que a popularidade dos medicamentos orais aumentou acentuadamente tendo-se tornado o tratamento preferido dos pacientes com EM, em relação à infusão e ao tratamento injetável.

As terapias de infusão – apesar da disponibilidade e eficácia –, permaneceram com baixa aceitação, representando cerca de 8% das iniciações de terapia em 2020, e o uso de terapia injetável de plataforma diminuiu quase 74% durante o período do estudo.

Isto pode dever-se a vários fatores, que contribuem para a decisão do tratamento por parte de pacientes e médicos, incluindo a preferência por terapias orais mais convenientes, a introdução relativamente recente de opções de infusão e considerações de segurança e custo.

Os especialistas realçam que esta investigação representa um passo crucial na compreensão do cenário de tratamento em evolução nos pacientes com EM e que os estudos futuros devem avaliar o impacto das novas terapias à medida que forem surgindo.

Fonte: Tupam Editores

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