Um estudo realizado por investigadores da Universidade Médica de Anhui, em Hefei, China, permitiu concluir que mais de um quarto das pessoas com diabetes têm osteoporose. A equipa conduziu uma revisão sistemática da literatura e meta-análise, onde se incluiu um total de 21 estudos até julho de 2022, sem restrições de país e idioma.

Numa análise agrupada, os especialistas descobriram que entre 11.603 pessoas com diabetes tipo 2 (DT2), havia uma prevalência elevada de osteoporose (27,67%). As análises de subgrupo mostraram algumas diferenças na prevalência, mas essas diferenças não foram estatisticamente significativas. Por exemplo, a prevalência de osteoporose em pacientes com diabetes com 60 anos ou menos foi menor (19,17 por cento) do que em indivíduos mais velhos (29,61 por cento).

Houve ainda uma tendência positiva para uma maior prevalência de osteoporose entre as mulheres com diabetes. Em pacientes com diabetes e obesidade, a prevalência de osteoporose foi maior (32,02%) do que em pessoas com diabetes, mas sem obesidade (28,36%). A análise foi baseada principalmente em estudos de qualidade alta e em três estudos de qualidade média.

O estudo, publicado online no jornal BMC Endocrine Disorders, permitiu apurar que em todo o mundo existe uma elevada prevalência de osteoporose em pacientes com DT2, pelo que são necessárias medidas fortes para prevenir e tratar a osteoporose em doentes diabéticos.

A osteoporose, um dos distúrbios esqueléticos metabólicos mais comuns, é caracterizada pela diminuição da massa óssea e aumento da destruição da microestrutura óssea, o que consequentemente aumenta a fragilidade óssea e o risco de fraturas.

A patologia tende a ocorrer em idosos e indivíduos com condições de saúde predisponentes e é considerada um sério problema de saúde pública devido à alta morbidade, mortalidade e custos de saúde. Foram identificados vários fatores de risco para a osteoporose, alguns deles complexos devido aos múltiplos mecanismos envolvidos, como é o caso da diabetes mellitus.