A patogénese e a indução da psoríase são complicadas. Acredita-se que fatores internos – como hereditariedade, imunidade e metabolismo –, e fatores ambientais desempenhem um papel na doença. Considera-se que as alterações climáticas e a exposição ao sol afetam a sua prevalência, uma vez que a psoríase cutânea e a artrite psoriática tendem a piorar no inverno e melhorar no verão sob diferentes quantidades de luz solar.

Compreender o papel dos fatores ambientais na psoríase ajudará a controlar esta doença complexa e a reduzir a carga da doença no sistema de saúde.

Durante o estudo, a equipa de investigação da Escola de Saúde Pública da Anhui Medical University em Hefei, China, examinou os efeitos a curto prazo dos poluentes atmosféricos em pacientes em ambulatório com psoríase na China entre 2015 e 2019. Nas análises estratificadas foram incluídos pacientes de diferentes idades e sexos.

Os resultados permitiram apurar que um aumento de 10 μg/m3 de dióxido de nitrogénio foi associado a um aumento de 2,1% em pacientes em ambulatório com psoríase, enquanto uma diminuição de 10 μg/m3 de ozono foi associada a um aumento de 0,8% em pacientes em ambulatório com psoríase.

Os investigadores verificaram que os pacientes do sexo masculino foram mais sensíveis a uma mudança nos fatores meteorológicos (possivelmente devido a mais atividades ao ar livre), enquanto os pacientes do sexo feminino e pacientes em ambulatório com psoríase, com idade igual ou inferior a 17 anos, foram mais sensíveis a mudanças nas concentrações de poluentes atmosféricos (possivelmente porque os poluentes atmosféricos poderiam influenciar as vias reguladas pelo estrogénio).

Esta descoberta sugere que os pacientes e as pessoas em alto risco de psoríase devem reduzir o tempo ao ar livre e melhorar a qualidade dos seus equipamentos de proteção quando a qualidade do ar é má.