Além de deselegante, a gordura visceral, ou abdominal, é mais difícil de perder e não é saudável, aumentando o risco de problemas como síndrome metabólica, diabetes tipo 2, doenças cardíacas e colesterol alto. No entanto, é possível reverter essa tendência e até evitar o aumento de peso na menopausa.

Para o conseguir há que fazer algumas mudanças no estilo de vida que incluem a alimentação e a prática de exercício físico.

Assim, deve dar prioridade a uma dieta baixa em hidratos de carbono. Este tipo de alimentação vai ajudar a manter os níveis de insulina baixos e melhorar o funcionamento do metabolismo. Devem ser evitados alimentos ricos em hidratos de carbono refinados, como açúcar, pão branco, massas, cereais processados, doces e alimentos processados.

Para ajudar a lidar com as mudanças nos níveis de estrogénio, que em parte estão relacionadas com o acumular de gordura, deve consumir alimentos ricos em fitoestrogénios, que também amenizam alguns dos sintomas desta fase como, por exemplo, as ondas de calor. Estes incluem alimentos ricos em fibras como sementes de linhaça, de abóbora, grãos integrais, especialmente farelo e algumas frutas, como bagas.

A ingestão de proteína durante a menopausa tem um papel fundamental, pois o músculo começa a diminuir. Por essa razão, é necessário aumentar o consumo de proteína em relação ao que era consumido antes. O objetivo é contrariar a perda, mas a proteína também vai favorecer a eliminação da gordura.

Um dos principais ácidos gordos, o ómega 3, é muito importante porque ajuda a resolver a lipo-inflamação do tecido adiposo, evitando a recuperação do peso. Pode ajudar a atenuar os efeitos da menopausa, como a perda óssea, contribuindo para a redução do colesterol LDL e o aumento do colesterol HDL. Por existirem poucos alimentos com DHA, recomenda-se a sua ingestão em forma de suplemento, desde que aconselhado pelo médico.

Para além da alimentação, gerir o stress com técnicas de relaxamento também pode ser uma excelente ajuda, pois, além de aumentar o risco de doenças cardíacas, o stress pode causar flutuações no cortisol, hormona do stress, que está associada ao aumento da gordura abdominal.
Atividades como como meditação e ioga promovem não só a saúde física, mas também a saúde mental. Além disso, podem ser eficazes na melhoria de outros sintomas, como alterações de humor e irritabilidade.

Pode ainda apostar no treino de força com pesos ou elásticos, e estará a promover a perda de gordura ao mesmo tempo que previne a perda de massa muscular. Além disso, também ajuda a reduzir o stress e aumenta a qualidade de vida física, mental e emocional.

Como em quase tudo na vida, o mais difícil é começar. Criando regras e assumindo o compromisso, metade do caminho fica feito. Não desista, pela sua saúde!