Campanha alerta para impacto de fraturas de fragilidade óssea
No âmbito do Dia Mundial da Osteoporose, que se assinala a 20 de outubro, as principais Associações e Sociedades que atuam na área criaram uma campanha de sensibilização como forma de alertar para o impacto das fraturas de fragilidade óssea.
DOENÇAS E TRATAMENTOS
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A osteoporose é uma doença que afeta o esqueleto, tornando os ossos mais finos e mais fáceis de fraturar. Isto acontece pela redução da massa óssea, que leva a que os ossos fiquem mais porosos e quebradiços. A fratura dos ossos (especialmente do punho, vértebras ou anca) resulta em perda de qualidade de vida e na dependência de terceiros.
A doença afeta os ossos de 800 mil portugueses sendo responsável por cerca de 40 mil fraturas ósseas anuais, com um impacto direto a nível económico e psicológico nos indivíduos.
A nível mundial o cenário não muda, estimando-se que a osteoporose seja responsável por 8.9 milhões de fraturas, o que equivale à ocorrência de uma fratura osteoporótica a cada 3 segundos - um problema de saúde pública a que importa dar resposta, e que mobilizou a Associação Portuguesa de Profissionais de Saúde em Reumatologia (APPSReuma), a Sociedade Portuguesa de Reumatologia (SPR) e a Sociedade Portuguesa de Osteoporose e Doenças Ósseas Metabólicas (SPODOM), numa onda de sensibilização com uma campanha que contou com o apoio da Amgen.
Da iniciativa fazem parte duas mini-séries (disponíveis em ossosfortes.pt) que pretendem ajudar a população a diminuir o risco de quedas e fraturas, com uma mensagem de sensibilização para o seu impacto e a importância do acompanhamento médico.
A rúbrica “A Queda Não Mora Aqui” é constituída por um conjunto de cinco episódios, com dicas simples de alterações ou cuidados a ter em casa para evitar quedas e fraturas. Na série “Sereias de Cristal” assiste-se à realidade do impacto de uma fratura por fragilidade óssea na vida das pessoas.
A iniciativa dispõe ainda de ferramentas essenciais na área da osteoporose, como um guia desenvolvido com o objetivo de disponibilizar informações sobre os cuidados a ter após uma fratura da anca, além de dicas básicas para evitar outra fratura e para tratar a condição.
Segundo a Enfª Andréa Marques, presidente da APPSReuma, devido à qualidade de vida dos doentes com fraturas de fragilidade diminuir drasticamente, a disponibilização de materiais que permitam identificar os principais obstáculos e de que forma estes podem ser ultrapassados torna-se essencial.
As fraturas de fragilidade apresentam uma dimensão preocupante: Em 2019, na Europa, incluindo Portugal, ocorreram 4.3 milhões de novas fraturas de fragilidade, o que corresponde a 8 fraturas por minuto.
Na opinião da Profª Drª Ana Paula Barbosa esta iniciativa representa mais um passo a nível educativo para todas as pessoas que vivem com osteoporose e para a população em geral.