Cientistas criam novo método de revestimento para implantes
Um artigo publicado na revista Advanced Science descreve que investigadores do Instituto de Ciência e Tecnologia da Coreia do Sul desenvolveram uma tecnologia de revestimento para dispositivos médicos implantados no corpo humano.
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A tecnologia em causa consiste num método para criar um revestimento fino e uniforme de uma monocamada e óleo lubrificante sobre a superfície dos dispositivos implantáveis para minimizar os danos, reduzindo o atrito entre um dispositivo e os tecidos.
Esta tecnologia foi capaz de minimizar os danos dos tecidos durante o processo de implantação e inibir a resposta inflamatória. A vida útil dos dispositivos revestidos foi também quatro vezes superior à dos dispositivos existentes atualmente.
O estudo mostrou ainda que os dispositivos revestidos impediam a adesão de células imunitárias ativadas pela resposta de rejeição imunitária.
Os cientistas criaram também uma sonda neuronal revestida de lubrificante com 32 elétrodos para medir sinais cerebrais e verificaram uma redução das respostas imunitárias através de experiências in vivo.
O número de sinais cerebrais obtido foi o dobro dos sinais conseguidos utilizando sondas neuronais não revestidas e a observação de tecidos cerebrais confirmou que os danos nos tecidos que geralmente ocorrem durante o implante foram reduzidos, afirmaram os autores do estudo.
A amplitude do sinal das sondas não revestidas foi reduzida ao longo do tempo devido à aderência de células imunes à superfície da sonda, enquanto a sonda revestida mediu de forma estável os sinais cerebrais durante quatro meses, mostrou ainda a investigação.
A nova tecnologia desenvolvida pode ser aplicada a dispositivos implantáveis humanos não só para o cérebro, mas também para outras partes do corpo. Este novo método pode prolongar significativamente a vida útil dos implantes, disseram os investigadores.