A investigação teve a coordenação da Return On Ideas e o acompanhamento da Professora Doutora Maria do Céu Machado, presidente do Conselho Disciplinar da Ordem dos Médicos, Professora Catedrática Jubilada da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa e ex-presidente da Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde - Infarmed.

Segundo o estudo, no que respeita à gestão pessoal da idade e ciclo de vida, verifica-se um maior esforço de potenciação - isto é, um maior empenho pessoal na manutenção ou melhoria do estado de saúde - entre os 65 e os 74 anos de idades (6,56, acima da média que é de 6,03). Isto significa que a potenciação da saúde é mais forte no momento em que a começamos a perder.

Para 44 por cento dos inquiridos, a principal motivação para se ser saudável é “envelhecer com saúde”, sendo que, para estes, é mais importante “envelhecer de uma forma saudável” do que atingir uma “idade avançada sem saúde”. O estudo revela ainda que apenas 26 por cento dos portugueses se esforçam para aumentar a longevidade e ganhar anos de vida.

A relação com o envelhecimento e com a morte é algo que se vai alterando ao longo do ciclo de vida. O estudo mostrou que 34 por cento dos inquiridos reconhecem ter dificuldade em lidar com o envelhecimento. A partir dos 45 anos o tema é inquietante, depois dos 75 anos a perspetiva suaviza-se, aumentando o grau de reconciliação com essa realidade incontornável.

Quando questionados até que idade gostavam de viver, 38 por cento dos inquiridos referem que gostavam de viver “até se sentirem bem e com saúde” e 22 por cento admitem que “gostavam de viver até aos 90 anos”.

No estudo, 46 por cento dos inquiridos sabem indicar a idade em que sentiram pela primeira vez que estavam a envelhecer.  Quase metade destes indica que tal terá acontecido entre os 20 e os 40 anos.