SPMI lança campanha “Vacinação é proteção” dirigida a idosos
“Vacinação é Proteção” é o lema da campanha destinada a sensibilizar todos os idosos, os seus cuidadores e familiares, para a necessidade, segurança e eficácia da vacinação contra diversos tipos de infeção, com destaque nesta altura do ano para a gripe e a pneumonia pneumocócica, na população idosa.
Esta campanha do Núcleo de Estudos de Geriatria (GERMI) da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI), será lançada a 1 de outubro, data em que se celebra o Dia Internacional do Idoso, e pretende transmitir sentimentos de proteção, defesa e confiança no que diz respeito à vacinação.
“Está comprovado cientificamente que depois dos 60 anos os níveis de anticorpos contra diversas doenças infeciosas está abaixo do limiar de proteção numa proporção elevada de casos, pelo que sem programas específicos de vacinação as doenças infeciosas continuarão a ter um impacto muito negativo nesta população nas próximas décadas”, afirma João Gorjão Clara, Coordenador do GERMI.
“O aumento da esperança de vida justifica uma cuidadosa adaptação das recomendações vacinais à terceira idade, tendo por base uma melhor compreensão das razões subjacentes à baixa taxa de cobertura, bem como um melhor conhecimento da imuno-senescência.
Ao contrário das crianças, para quem existem programas de imunização bem definidos, para os idosos não tem havido um plano de vacinação específico, o que tem como consequência uma baixa taxa de cobertura vacinal neste escalão etário” conclui João Gorjão Clara.
As doenças infeciosas são uma significativa causa de morbilidade e mortalidade na população idosa podendo ser prevenidas através de vacinação.
As infeções do trato respiratório inferior são a quarta causa de morte nos países desenvolvidos, sendo três vezes mais frequentes acima dos 60 anos. O tétano ainda aparece em muitos países, incluindo Portugal, especialmente na população acima dos 50 anos. A pneumonia é uma das principais causas de morte nos idosos e a vacina previne as formas mais graves.
As vacinas atualmente disponíveis têm um potencial suficiente para baixar o peso das doenças infeciosas nos idosos, independentemente de viverem no domicílio ou em instituições, e aumentar a sua capacidade funcional.