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Placenta pode ajudar a proteger feto da COVID-19

As membranas placentárias que contêm o feto e o líquido amniótico não tem a molécula de RNA mensageiro (mRNA) necessária para produzir o recetor ACE2, o principal recetor de superfície celular usado pelo vírus SARS-CoV-2 para causar infeção, revela um estudo realizado por cientistas dos Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos.

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Segundo os autores do estudo, esses tecidos placentários também carecem de mRNA necessário para produzir uma enzima, chamada TMPRSS2, que o SARS-CoV-2 usa para entrar na célula.

Tanto o recetor quanto a enzima estão presentes em quantidades minúsculas na placenta, sugerindo uma possível explicação para o motivo pelo qual o SARS-CoV-2 raramente foi encontrado em fetos ou recém-nascidos de mulheres infetadas pelo vírus, segundo os autores do estudo.

Por outro lado, os cientistas, liderados por Roberto Romero, MD, diretor do Departamento de Investigação em Perinatologia do Instituto Nacional de Saúde Infantil e Desenvolvimento Humano Eunice Kennedy Shriver do NIH (NICHD), descobriram que a placenta contém moléculas que estudos anteriores sugeriram que poderiam ser rotas potenciais para a infeção por SARS-CoV-2, mostraram os resultados. Essas moléculas incluem o recetor CD147 e as enzimas catepsina L e Furin.

Os investigadores também verificaram que o tecido placentário e de membrana possui um tipo de célula imune (macrófago) com o recetor crítico da superfície celular. Mas há poucas evidências de que o novo coronavírus possa espalhar-se para a placenta, membranas e feto numa gravidez normal, afirmaram.

Os cientistas também descobriram que a placenta contém muitos recetores usados pelo vírus Zika e citomegalovírus. Ambos representam sérios riscos à saúde quando passados de uma mulher grávida para o seu feto.


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