Morte por febre hemorrágica brasileira coloca país em alerta
Passados 20 anos, o Brasil voltou a registar um caso de morte por febre hemorrágica. No dia 30 de dezembro de 2019, um homem de 50 anos, morador de Sorocaba, no interior de São Paulo, procurou a rede pública de saúde reclamando de náuseas, dores de garganta e musculares, evoluindo rapidamente para febre alta, confusão mental e hemorragia, tendo o óbito sido declarado no dia 11 de janeiro.
DOENÇAS E TRATAMENTOS
A DIABETES
O que é afinal a diabetes? Conheça melhor esta doença e as organizações que a acompanham. LER MAIS
Análises feitas pelo laboratório do Hospital Albert Einstein apontaram para um arenavírus, com aproximadamente 90 por cento de similaridade com o vírus sabiá, indicando uma variação do vírus que causa a febre hemorrágica brasileira.
Os cientistas trabalham com a hipótese de que se trata de uma série de mutações do vírus, o que o diferencia do vírus original, identificado na década de 1990.
Acredita-se que a forma de transmissão seja por contato com partículas de poeira contaminadas com urina e fezes de roedores contaminados, ou pelo contato com a secreção de pacientes.
Apesar de o Ministério da Saúde brasileiro avaliar o caso como um caso raro, pontual e de transmissão restrita, agentes da tutela devem visitar as cidades por onde o paciente passou.
Tanto a família quanto as pessoas com quem ele tivera contato, além dos profissionais de saúde que manipularam amostras desse paciente, estão a ser monitorizados como medida de precaução.
O Ministério da Saúde brasileiro não emitiu nenhum alerta específico para a população no sentido de adotar cuidados especiais.
A infeção pelo vírus pode levar até 21 dias para apresentar sintomas, que incluem febre, dores musculares, mal-estar, manchas vermelhas pelo corpo, dores na garganta, estômago, cabeça e atrás dos olhos, além de tonturas, sensibilidade à luz, constipação e sangramentos.