Cientistas criam gel que reduz aderências cicatriciais
Um estudo publicado na revista Nature Biomedical Engineering revela que investigadores da Universidade de Stanford, Estados Unidos, descobriram um gel que reduz as adesões depois de cirurgia cardíaca em animais.
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As adesões são bandas fibrosas que se formam entre tecidos e órgãos durante a cicatrização interior, usualmente em cirurgias abdominais e ginecológicas e podem trazer complicações fatais como compressão dos intestinos e infertilidade.
Os métodos disponíveis atualmente para prevenir estas adesões, tais como utilização de membrana animal, folhas de borracha ou óleo mineral, são usados há mais de 100 anos, mas tendem a falhar.
Depois de Lyndsay Stapleton, autora principal, aplicar um hidrogel polimérico de nanopartículas no coração de um rato que tinha tido um ataque cardíaco, com a intenção de reduzir os danos nos tecidos, o animal não desenvolveu qualquer adesão durante a cicatrização.
Para testar este resultado, a equipa formulou quatro géis adicionais com uma vasta gama de propriedades e induziu ataques cardíacos em ratos e dividiu-os em oito grupos de tratamento: cinco receberam tratamento com um gel cada um, dois receberam dois tratamentos disponíveis no mercado e o último não recebeu qualquer tratamento.
Quatro semanas depois, o rato que não recebeu tratamento e os dois que receberam os tratamentos de mercado formaram densas adesões. Os seus corações colaram-se às paredes do peito.
Quanto aos ratos tratados com géis, dois formaram adesões moderadas e três formaram muito poucas adesões. O gel Stapleton usado anteriormente preveniu completamente as adesões.
De seguida, os mesmos testes foram realizados em ovelhas cujos corações são semelhantes em tamanho e forma aos dos humanos: os resultados mantiveram-se.
“O gel não impede que os tecidos se movam, apenas se torna uma barreira física para impedir que se colem uns aos outros”, explicou Eric Appel, investigador sénior do estudo.