Infarmed alerta para ilegalidade de produtos para a disfunção erétil
A Autoridade Nacional do Medicamento - Infarmed alertou para a existência de três produtos para disfunção erétil que contêm substâncias que só podem ser utilizadas em fármacos e sem autorização de venda em Portugal.
MEDICINA E MEDICAMENTOS
FARMACÊUTICO, O AGENTE DA SAÚDE
A profissão de farmacêutico evoluiu dos antigos boticários, que dominavam o conhecimento das plantas e as misturavam para curar o mais variado tipo de doenças. LER MAIS
Segundo uma nota do Infarmed, os produtos, que foram detetados na Alfândega, contêm substâncias que só podem ser usadas em medicamentos e a sua utilização é proibida em Portugal.
Na nota disponível na página da Internet da Autoridade do Medicamento, o Infarmed alerta para a ilegalidade do produto Hapenis, em cápsulas, que contém substâncias destinadas ao tratamento da disfunção erétil.
Após análise no laboratório do Infarmed, verificou-se que o produto contém a substância ativa nortadalafil, um análogo da substância ativa tadalafil, que se destina à melhoria do desempenho sexual.
A Autoridade do Medicamento salienta que não está garantida a qualidade, segurança e eficácia do produto, pelo que a sua utilização é proibida em Portugal.
De acordo com o Infarmed, foram também detetados na Alfândega os produtos Yohimbe extract, solução oral, e Venom Dragon Pharma, em pó, que contêm substâncias destinadas ao tratamento da disfunção erétil.
O Infarmed informa ainda que foi detetado na Alfândega o produto DHEA Hormone Balance Swanson, em cápsulas, que contém uma substância com atividade hormonal.
Após análise no laboratório do Infarmed, foi detetada no produto a substância ativa prasterona (dihidroepiandrosterona - DHEA), que se converte no organismo em hormonas sexuais (estrogénios e androgénios).
“Os produtos têm, provavelmente, origem em vendas através da Internet, não tendo sido detetados no circuito legal de venda de medicamentos (por exemplo, farmácias)”, é referido.
Na nota, o Infarmed alerta as entidades que dispõem destes produtos que não os podem “vender, dispensar ou administrar” e que devem comunicar de imediato com a autoridade do medicamento.
“Os utentes que disponham destes produtos não os devem utilizar, devendo entregar as embalagens em causa na farmácia para posterior destruição, através da Valormed”, adianta o Infarmed.
Os produtos foram detetados na Alfândega, no âmbito do protocolo de colaboração entre o Infarmed e a Autoridade Tributária e Aduaneira, destinado ao combate à falsificação de medicamentos.