Disfunção erétil afeta metade dos homens que vão a consultas
O Hospital Puerta de Hierro de Majadahonda, em Madrid, revelou na passada semana que a disfunção erétil afeta mais de 40 por cento dos homens em Espanha que vão às consultas de cuidados primários.
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Estes dados depreendem-se do estudo da Associação para a Investigação em Disfunções Sexuais em Cuidados Primários, realizado com 3 600 homens de toda a Espanha, divulgado através de comunicado da instituição.
Assim, mais de 40 por cento (42,68 por cento) dos homens que vão às consultas de cuidados primários apresentam problemas de ereção com gravidade distinta. Calcula-se que, em 2025, este problema afete 322 milhões de homens em todo o mundo.
As causas são múltiplas, com fatores psicológicos, farmacológicos, neuronais, hormonais e vasculares, entre outros. Estes últimos são os mais frequentes nas idades mais avançadas, segundo o comunicado.
Cerca de um terço dos doentes não responde a medicamentos específicos. Além dos tratamentos farmacológicos, existem duas alternativas com evidência científica comprovada: as injeções intra-cavernosas e a opção cirúrgica com a prótese do pénis.
Em Espanha, realizam-se mais de 800 intervenções por ano, se bem que o número de pessoas que poderiam beneficiar destas técnicas é muito superior, uma vez que, segundo a informação disponível, quase um em cada quatro homens sofre de disfunção erétil.
“Apesar do seu bom resultado, os espanhóis recorrem dez vezes menos do que os norte-americanos a estes implantes”, afirmou Juan Ignacio Martínez Salamanca, urologista do Hospital Universitário Puerta de Hierro-Majadahonda.
Os implantes são uns cilindros de silicone ou ‘bioflex’ (substância biocompatível), de estrutura anatómica, que se introduzem nos corpos cavernosos do pénis “e produzem a rigidez necessária para uma boa e adequada relação sexual”, destacou o especialista.
Atualmente, há próteses inovadoras que “podem provocar uma ereção sempre que seja pretendida pelo paciente, que deve acionar para isso uma bomba colocada no escroto”, sendo que, “depois de ter uma relação sexual, o paciente pode desativar a prótese através de um botão e o pénis regressa ao estado de flacidez”, acrescentou.
Segundo o hospital, mais de 85 por cento dos pacientes que fizeram a operação “afirmaram que voltariam a fazer a operação”.
Os médicos salientaram ainda que o aparecimento da disfunção erétil é um sintoma de alerta para a possível existência de uma doença cardiovascular.