Os dispositivos foram responsabilizados por um aumento dramático de piolhos entre os adolescentes, pois "incentivam" os jovens a reunirem-se em grupos para observarem os ecrãs, permitindo que os animais saltem entre as cabeças.

Dos 98 adolescentes que não possuíam nem usavam nenhum tipo de dispositivo, apenas 29 tiveram piolhos, em comparação com 65 dos 104 que foram infestados pelos animais.

Quase metade dos participantes teve piolhos nos cinco anos anteriores, 22 vezes mais do que o valor de dois a oito por cento calculado no passado.

O estudo apresentado na conferência anual da Associação Britânica de Dermatologistas, em Liverpool, disse que estimativas anteriores da prevalência de piolhos nas crianças britânicas "podiam ser conservadoras".

Verificou-se que 91 (45 por cento) das crianças tiveram piolhos nos últimos cinco anos e num período mais longo que o coberto por pesquisas anteriores.

De acordo com os investigadores, como é obvio, não são os smartphones que fazem com que as crianças tenham piolhos, mas sim que existe uma associação; desse modo, os investigadores alertam que, caso exista um surto de piolhos, os dispositivos eletrónicos devem ser usados com moderação e não em grupo.