Mergulhos podem causar danos irreversíveis na coluna vertebral
Com o início do verão, chegam as idas frequentes à praia ou à piscina. A campanha "Olhe Pelas Suas Costas" alerta para os perigos dos mergulhos, salientando que estes podem provocar lesões irreversíveis na coluna vertebral e ter um impacto significativo na qualidade de vida.
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"É importante sensibilizar toda a população para os riscos associados aos mergulhos durante a época balnear, ainda que estas situações sejam mais frequentes na população mais jovem. Um mergulho mal executado ou em locais onde a profundidade da água não é suficiente pode significar uma lesão permanente na coluna com um grande impacto na qualidade de vida e é fundamental que as pessoas saibam quais as consequências potenciais destes erros", adverte o neurocirurgião Paulo Pereira, coordenador nacional da campanha.
"Embora sejam muitas vezes desvalorizados, estes traumatismos da coluna cervical relacionados com mergulhos são a terceira causa de lesões na espinal medula, a seguir aos acidentes de viação e às quedas de grandes alturas, estas últimas mais associadas a acidentes de trabalho", indica o médico.
De acordo com o neurocirurgião, "todos os anos, surge um número elevado de internamentos de jovens, na sua maioria do sexo masculino, vítimas de acidentes de mergulho em águas rasas".
Tratam-se, na maioria das vezes, de mergulhos em que a vítima corre até à água do mar, mergulha e bate com a cabeça na areia ou numa rocha que estava encoberta sob a superfície da água, provocando um traumatismo da coluna cervical que pode ter como desfecho uma paraplegia ou tetraplegia.
"As pessoas ficam parcial ou totalmente dependentes para o resto da vida e os jovens devem estar conscientes destes riscos, sabendo ainda que, em casos mais graves, este tipo de acidentes pode mesmo ter como desfecho a morte da vítima", conclui o especialista.
A campanha "Olhe Pelas Suas Costas" conta com o apoio científico da Sociedade Portuguesa de Patologia da Coluna Vertebral, da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar, da Sociedade Portuguesa de Neurocirurgia, da Sociedade Portuguesa de Medicina Física e de Reabilitação e da Sociedade Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia.
Mais informações podem ser consultadas no website da campanha em www.olhepelassuascostas.com ou na sua página de Facebook em www.facebook.com/paginaolhepelassuascostas.