Cientistas ligam transtorno bipolar a região do cérebro inesperada
Embora o transtorno bipolar seja um dos distúrbios neurológicos mais estudados, só agora foram feitas grandes revelações sobre uma região do cérebro que se pensava não estar envolvida.
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Cientistas do Instituto de Pesquisa The Scripps (TSRI), nos Estados Unidos, mostraram, pela primeira vez, que conjuntos de genes dentro do corpo estriado - a parte do cérebro que coordena muitos aspetos primários do comportamento, como a parte motora, o planeamento de ação, motivação e perceção - podem estar profundamente envolvidos na desordem.
A maioria dos estudos modernos sobre o transtorno bipolar tem-se concentrado no córtex cerebral, a maior parte do cérebro em humanos, associado ao pensamento e à ação de nível superior.
O estudo publicado na revista Molecular Psychiatry é o primeiro a "relacionar a expressão génica do corpo estriado com o transtorno bipolar", disse Ron Davis, que dirigiu o estudo.
A pesquisa aponta ainda para vários caminhos com potenciais alvos para o tratamento.
Na nova pesquisa, foram analisadas amostras de tecido de 35 indivíduos bipolares e não-bipolares. Os cientistas referem que "analisar as reações ao risco foi importante porque os pacientes bipolares podem agir impulsivamente e envolver-se em atividades de alto risco durante os períodos de mania".
Ron Davis garante que, até à data, não foi possível saber se "as mudanças são uma causa da doença ou o resultado dela. Mas os dados fornecem marcadores de genes adicionais no transtorno bipolar que podem levar ao futuro desenvolvimento de diagnósticos ou tratamentos."