
Variações na microbiota placentária relacionadas com nascimento prematuro
GRAVIDEZ E MATERNIDADE
Tupam Editores
Uma equipa de investigadores do Reino Unido descobriu um excesso de bactérias patogénicas em placentas de nascimentos prematuros, o que apoia a hipótese de que a infeção materna pode causar parto prematuro.
A pesquisa foi publicada na Applied and Environmental Microbiology. O estudo investigou amostras de bactérias em placentas saudáveis e de partos prematuros; os investigadores também encontraram evidências de bactérias placentárias em gestações saudáveis, o que é contrário à sabedoria convencional.
As amostras, de mais de 250 mulheres, incluíram alguns partos prematuros (menos de 37 semanas de gestação). Foram ainda recolhidas amostras de controlo do ambiente, a fim de distinguir a possível contaminação das bactérias que estiveram presentes durante a gravidez.
"Houve uma clara diferença nos tipos de bactérias observadas numa placenta, dependendo se o bebé nasce por via vaginal ou por cesariana", disseram os autores da Universidade de Londres, no Reino Unido.
No entanto, muitas dessas diferenças podem refletir a contaminação recolhida durante o parto, em vez das bactérias presentes na placenta antes do parto, de acordo com o relatório.
"Nós observámos um maior número de bactérias patogénicas na placenta de mulheres que tiveram um nascimento prematuro espontâneo, o que suporta a associação observada há muito tempo entre a infeção materna e parto prematuro", continuaram.
O nascimento prematuro está associado a deficiências físicas e psicológicas e é a principal causa de morbilidade e mortalidade infantil em todo o mundo. Sabe-se que a infeção é uma importante causa de parto prematuro espontâneo e pesquisas recentes implicaram variações na microbiota placentária com o risco de parto prematuro.
“Se entendermos melhor o envolvimento de bactérias durante a gravidez, podemos desenvolver um tratamento mais direcionado para evitar o nascimento prematuro e salvar vidas”, concluíram os investigadores.


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