Hábito secular em algumas diferentes culturas do mundo, designadamente a oriente e norte da europa, a prática de tirar o calçado antes de entrar em casa, pode ser uma boa forma de reduzirmos a exposição de nossos amigos e familiares a infeções por bactérias e vírus que nos rodeiam e iniciarmos uma vida que muito provavelmente se virá a revelar mais saudável e feliz.
Numa era de globalização, com cada vez mais multidões com acesso a viagens fáceis e baratas, talvez seja chegada a hora de absorvermos as boas práticas de outros povos, até por uma questão de educação e respeito pelo outro, evitando rotinas que podem revelar-se inadequadas e por vezes ofensivas para as culturas de outros povos.
Para a maioria dos ocidentais, os hábitos milenares do Japão e outros países orientais de deixarem o calçado, devidamente arrumado, não só à entrada das casas, mas igualmente em alguns locais públicos como escolas, clínicas, templos, bibliotecas e hospitais onde haja grandes fluxos de pessoas, ainda hoje são considerados intrigantes e curiosos, sendo, no entanto, inquestionável o seu significado e os fundamentos, reveladores de uma estimável sabedoria.
Entre outros, o primeiro e o mais óbvio é a questão da higiene. De acordo com a Agência Nacional de Proteção Ambiental dos Estados Unidos, uma pequena caminhada na rua faz com que 96% do calçado entre em contacto com germes e bactérias suficientemente resistentes ao ponto de nos acompanharem até nossas casas. Além disso, o calçado pode também ser portador de resíduos de produtos químicos existentes nas ruas como chumbo, mercúrio e outros produtos tóxicos, altamente prejudiciais à saúde.
Então, a ideia dos orientais é basicamente proteger o interior dos lares da possível contaminação trazida da rua, uma medida adequada, já que esse hábito pode reduzir em até 85% a quantidade de poeira, toxinas, lixo e outros detritos que transportamos todos os dias para nossas casas.
O outro motivo é algo de singular da cultura oriental nos países de religião ou espiritualidade xintoísta, uma prática filosófica milenar iniciada nos séculos VII, segundo a qual ao impedirem que os sapatos entrem em casa, estão a evitar que energias impuras vindas da rua quebrem a harmonia do lar. Além disso, a prática de deixar o calçado à entrada de casa demonstra um gesto de respeito e humildade para com o ambiente no lar, considerado pelos japoneses como um santuário, onde até as preocupações e problemas devem ser esquecidos.
Em Portugal, onde a consciência da importância da higiene individual e comunitária é ainda muito recente, provavelmente devido à cada vez maior intercomunicação através das redes sociais e viagens, particularmente entre as classes etárias mais jovens, o número de pessoas que têm vindo a aderir a este salutar hábito tem vindo a crescer exponencialmente, cujos benefícios são por demais evidentes.
Não se torna difícil aderir ao hábito de deixamos o calçado à entrada de casa, se nos quedarmos por instantes a pensar nos lugares que pisamos quando fora de casa. Ruas nem sempre limpas, por onde circulam multidões de pessoas e animais, em especial nas urbes mais populosas, casas de banho públicas, hospitais e clínicas, escolas e edifícios públicos, transportes e outros. Ainda assim, por mero comodismo, atreve-se a entrar em casa com o mesmo calçado que usou na rua, carregado de bactérias e lixo, esquecendo-se das crianças que “gatinham” ou se rebolam pelo chão lá em casa?
Poucas superfícies em nossas casas estão mais expostas a contaminações externas que o chão, daí a importância de o manter limpo e higienizado em particular quando se têm crianças em casa, que adoram rebolar-se nele. De forma a conseguir uma casa o mais segura possível, é essencial que as pessoas que ainda não aderiram aos novos hábitos de higiene pessoal e comunitária, o façam, seja deixando o calçado carregado de sujidade e microrganismos prejudiciais à saúde, à entrada de casa, seja adotando a rotina de limpar ou lavar as patas de animais igualmente portadores de substâncias nocivas à saúde e um dos vetores principais de contaminação de nossas casas.
Se ainda assim não for possível garantir um pavimento 100% livre de microrganismos, existem mais algumas ações que podem ajudar a minimizar os eventuais danos à saúde provocados pelos germes e conseguir pavimentos mais limpos e seguros para toda a família.
Sempre que se procede à limpeza geral de uma casa, é comum e de bom senso que se comece pelas partes mais altas das paredes, dos móveis, mesas, prateleiras e outras superfícies, acabando por a sujidade cair no chão, sendo esta a última zona a limpar a fim de evitar a contaminação. Nesta última etapa, deve usar-se o aspirador e nunca as vassouras pois estas tendem a espalhar o pó em vez de o eliminar, o mesmo se aplicando aos tapetes que deverão ser aspirados regularmente, pelo menos duas vezes por semana e sempre que possível, colocados a arejar.
Após as limpezas quotidianas de rotina, com água e sabão ou produto similar, que ajudem a remover a sujidade e boa parte dos germes comuns, é conveniente usar um produto desinfetante multisuperfícies, que reúna na mesma fórmula as funções de limpeza e desinfeção, solução que pode ajudar a eliminar mais de 99% de bactérias, fungos e algumas estirpes de vírus.
Este tipo de produtos de limpeza, também possuem propriedades desinfetantes e não contêm lixívia, sendo por isso adequados à maior parte das superfícies, além de possuírem na sua formulação, ingredientes que lhe conferem propriedades com sabor amargo, com o objetivo de impedir a sua ingestão acidental, tornando-o assim mais seguro para as casas onde coabitem crianças.
Além disso, são produtos dermatologicamente testados para que sejam suaves com a pele e não interferir com o olfato dos animais domésticos, para que todos os elementos da família possam desfrutar do tempo em casa, com segurança e tranquilidade.
Definir prioridades e organizar tarefas e compromissos evitando sobrecargas, estabelecendo limites de tempo de trabalho e negociando horários flexíveis, ao mesmo tempo que cuidamos do bem-estar mental...
A vacinação continua a ser o melhor meio de proteção contra o vírus, com uma proteção mais eficaz contra doenças mais graves, embora o seu efeito protetor diminua com o passar do tempo.