O termo mantra deriva do sânscrito, milenar idioma da Índia usado pela casta superior dos sacerdotes brâmanes, para designar “pensamento”, que no hinduísmo e no budismo, representa uma fórmula para aquisição de poder mental, através da repetição sistemática de palavras, sons ou poemas, visando alcançar um estado de relaxamento, contemplação e meditação.
Os mantras, ou frases entoadas repetidamente, representam um hino ligado ao hinduísmo e ao budismo, com forte pendor espiritual, que tem por objetivo relaxar, por forma a atingir um estado de meditação em quem está entoando ou escutando os sons, sendo por isso considerados como um instrumento do pensamento.
De acordo com estudos desenvolvidos, esses conjuntos de sons ou mantras, alteram os padrões da mente e a química do cérebro, de acordo com as leis físicas e metafísicas, devido à vibração dos sons que emitimos pela repetição, dando-lhe a capacidade de alterar a química do cérebro.
Trata-se de uma fórmula espiritual muito poderosa inscrita nos Vedas, livros sagrados indianos reunidos pela primeira vez em 3000 a.C., que são considerados hinos métricos e louvores aos deuses, podendo ser considerados como uma oração, tendo sido introduzidos no budismo tibetano e dando origem aos mantras que atravessaram todo o período bramânico, que antecedeu o hinduísmo. Essa fórmula espiritual muito poderosa, conduzia a uma ligação com o Supremo, entidade que pode ter diferentes significados para diferentes pessoas e culturas.
Ao utilizarmos o mantra ao ritmo da respiração e usando os sons como fio condutor para as vibrações da natureza, poderemos direcionar a energia da vibração da nossa mente de forma consciente e sintonizada. As palavras são uma forma de criação e, por isso, assim como palavras mal escolhidas podem pôr fim a relações pessoais, também a vibração de nossos pensamentos pode fazer a diferença da qualidade de energia que sentimos e emitimos, dado que as próprias crenças são frequências vibratórias ou ondas de pensamento que determinam a forma como nos sentimos a cada momento.
Na realidade, estamos a todo o momento a criar a nossa própria realidade, quer com o tipo de pensamentos em que a nossa mente vibra, quer através das palavras que deixamos formar e consequentemente criamos, quer sejam de paz, felicidade e abundância, quer sejam de carga negativa ou descrença. A entoação de mantras é uma forma consciente de direcionar a vibração da nossa mente, ainda que não entendamos completamente o seu significado, uma vez que estes sons derivam da energia da criação do próprio universo.
A maioria das pessoas pensa, erradamente, que os mantras estão relacionados apenas com os povos do oriente, porém estão ligados a todos os tipos de confissões e de fé, existindo mantras específicos para os caminhos do cristianismo, do islamismo, budismo e outras confissões religiosas, isto porque o seu objetivo primordial consiste em acalmar, focalizar, silenciar e purificar a mente. Sempre que se repetem estes sons de forma consciente ou inconscientemente, as nossas emoções, pensamentos e desejos, ou seja, todo o nosso ser, se volta automaticamente para a busca do Divino.
Os mantras e a meditação, esta definida como prática em que o indivíduo utiliza variadas técnicas para focar a sua mente num pensamento, objeto ou atividade em particular, visando alcançar um estado de clarividência mental e emocional, estão muito interligadas. A técnica de meditação é igualmente muito antiga, remontando às tradições orientais, especialmente ao ioga, embora o termo também se refira a práticas adotadas por algumas variantes espirituais ou religiões como o budismo e o cristianismo entre outras, com alguns textos orientais a considerarem a meditação como um instrumento que conduz à libertação.
Na prática de meditação podem usar-se inúmeras variantes quanto à postura do corpo e seu objeto, podendo ser realizada na posição de sentado, em pé ou em andamento e variar em função do contexto em que é ensinada. Por ser considerada mais fácil, a posição sentada, é normalmente a mais adotada, em que o corpo se fica em repouso, mas ainda em alerta.
No entanto, a posição mais comummente identificada com a meditação é a conhecida posição de lótus, pelo facto de ser usada no ioga, como posição ideal de meditação, em que o corpo se mantém estável, mas que pode ser difícil de praticar, não sendo por isso recomendável caso provoque desconforto ou distraia o praticante do objeto da sua técnica. Além destas, várias outras posições podem ser usadas, sendo comum na tradição budista desenvolver a meditação caminhando, conciliando dessa forma a energia para a mente com a vitalidade para o corpo.
Historicamente, a meditação sempre foi usada e associada à prática espiritual e de autoconhecimento. No entanto, desde a década de setenta que as disciplinas de psicologia e psiquiatria vêm desenvolvendo técnicas de meditação para diversos distúrbios psicológicos, através de práticas de monitorização aberta, que permitem compreender o funcionamento da mente, sendo utilizadas para reduzir problemas mentais e físicos, bem como de dependência química.
Práticas de meditação, estão também associadas à redução do stresse físico e mental, bem como à diminuição dos sintomas do transtorno generalizado de ansiedade e depressão, muito embora ainda seja insuficiente a evidência sobre o seu efeito no humor, atenção, sono, peso corporal ou alimentação.
A terapia Reiki tem suas origens no japão do século XIX, mas a sua prática moderna só foi formalizada por um monge budista de nome Mikao Usui no início do século XX.
A vacinação continua a ser o melhor meio de proteção contra o vírus, com uma proteção mais eficaz contra doenças mais graves, embora o seu efeito protetor diminua com o passar do tempo.