
Robô foca bebé já ajuda a “cuidar” de doentes nos cuidados continuados na Amadora
SOCIEDADE E SAÚDE
Tupam Editores
Oferecido pelos Serviço Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) ao Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) da Amadora, no verão do ano passado, o Mimo – nome dado a uma foca bebé (o robô PARO) – foi inserido nas visitas ao domicílio a dez doentes, com idades entre os 40 e os 92 anos.
Sendo um elemento diferente e inovador neste tipo de cuidados, o PARO tem acompanhado uma profissional médica das Equipas de Cuidados Continuados Integrados, que presta apoio a doentes sem médico de família.
De acordo com a SPMS, nesta primeira fase do projeto, o número de visitas domiciliárias com o robô tem variado entre uma a oito. O grau de aceitação tem sido positivo, verificando-se uma maior satisfação por parte dos doentes que se referiram ao PARO como “carinhoso” e “bonito”. Cada interação dos doentes foi de 20 a 60 minutos e, quando questionados sobre o que sentiram, frequentemente frisaram a “paz” e o “bem-estar”.
Além de fomentar o movimento ao serem pedidas pequenas ações, como “fazer uma festa”, verificou-se também que foi facilitador do diálogo entre profissionais de saúde, doentes e cuidadores e, em algumas situações, foi uma importante ajuda em períodos de maior agitação do doente. Após algum tempo de intervalo entre as visitas médicas, o PARO serviu, também, como elemento facilitador da identificação do profissional médico.
Esta experiência do Agrupamento de Centros de Saúde Amadora mostra que os sentimentos positivos e o efeito calmante nos doentes constituem mais-valias nas visitas domiciliárias com o PARO, contribuindo para a melhoria na prestação de cuidados da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI), conclui a SPMS.
PARO é uma foca robô bebé para fins terapêuticos, usada em hospitais ou lares de idosos como uma ferramenta para tentar melhorar a qualidade de vida de pessoas internadas, com a intenção de ter um efeito calmante.


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