Dado que as necessidades energéticas de cada indivíduo dependem de fatores como idade, sexo, estilo de vida ou composição corporal, não há uma quantidade exata de calorias que devamos consumir diariamente para manter todas as funções do organismo com um bom nível de biodisponibilidade para executar as suas tarefas intrínsecas.

Quando falamos de calorias, referimo-nos à energia de que a pessoa necessita para que o corpo continue a trabalhar, isto é, que o coração continue a bater regularmente, para respirarmos, para manter o cérebro ativo, para poder realizar as tarefas diárias e para que todo o corpo funcione harmoniosamente.

Embora não possamos perder de vista o padrão do androcentrismo utilizado pela ciência, que identifica um indivíduo adulto como um homem de cerca de 40 anos, a Organização Mundial da Saúde (OMS), estabelece que um indivíduo adulto saudável deve consumir entre 2.000 e 2.400 calorias por dia, mulheres em torno de 2.000 e homens cerca de 2.400.

Encontrar o equilíbrio certo para o consumo de calorias é crucial para manter uma saúde ótima, sendo recomendável que se consulte um profissional de saúde ou nutricionista para fazer uma avaliação individual e uma orientação personalizada, a fim de entender as próprias necessidades calóricas, como primeiro passo para alcançar e manter um estilo de vida saudável e sustentável a longo prazo.

No caso de haver determinadas metas específicas a atingir, relacionadas com o peso, saúde ou condicionalismo físico, é recomendável procurar a orientação de um nutricionista que poderá oferecer uma avaliação mais personalizada, com base nos dados individuais e objetivos específicos correlacionados.

Basicamente, o número de calorias que necessitamos, é baseado na quantidade de calorias que ingerimos e no número de calorias que queimamos por dia, sendo que fazer uma estimativa das calorias que queimamos durante o dia, torna os cálculos mais fáceis do que estimar a quantidade de calorias ingerida através dos alimentos, tendo contudo em consideração que se deverá contar com a quantidade de calorias que o próprio organismo queima para alimentar as suas funções corporais, como por exemplo a digestão e o metabolismo.

A fim de obter uma estimativa o mais exata possível, será necessário fazer testes de laboratório para descobrir a taxa metabólica basal (TMB), de cada indivíduo, que equivale à quantidade de calorias que o corpo queima quando em repouso. Adicionando à TMB o número de calorias queimadas ao longo de cada dia, através das atividades de rotina, poder-se-á obter uma imagem mais realista das necessidades calóricas diárias.

As pessoas que não tenham acesso aos testes laboratoriais, podem sempre planear as suas dietas de acordo com o seus objetivos, sejam de manutenção de peso, aumento ou redução, seguindo tabelas disponibilizadas em inúmeros sítios da internet relacionados com dietas.

Quando o objetivo é manter o peso atual, é necessário equilibrar a quantidade de calorias que ingerimos, com a quantidade que o nosso corpo utiliza diariamente, dentro dos limites considerados ideais para homens e mulheres, embora variando em função da idade e do nível de atividade. Se descobrirmos que precisamos de 2.000 calorias por dia em determinadas situações, é necessária a ingestão de uma quantidade idêntica de energia, para manter o equilíbrio.

Se pelo contrário o nosso objetivo é ganhar peso, é necessário reverter a situação e ingerir uma quantidade maior de calorias do que as que o corpo queima diariamente. Na realidade o ganho e a perda de peso são bem mais complexos, uma vez que a queima de calorias varia muito, dependendo de muitos fatores e, por isso, a melhor maneira de descobrir de quantas calorias precisamos é através da observação dos resultados.

Se o nosso foco se mantiver na tentativa de manter o peso e ainda assim continuamos a ganhá-lo, então é necessário reduzir a ingestão de calorias ou aumentar a sua queima, através de maior atividade física. É também importante observar que o metabolismo pode ser afetado pela genética, eventuais problemas de saúde ou toma de medicamentos, além de outros fatores e, nesse caso, se a dificuldade em atingir os objetivos persistir, será útil consultar um médico ou nutricionista para ajudar.

Obviamente, quando ingerimos mais calorias do que as que queimamos, o nosso corpo armazena os excedentes de energia de que não precisa, sob a forma de gordura. Nestas condições, para perder peso, é preciso criar um défice calórico, isto é, precisamos ingerir menos calorias do que as que queimamos diariamente. Nestas circunstâncias, para atender eficazmente às suas necessidades energéticas, o corpo passará a usar os seus stocks de gordura, resultando uma natural perda de peso.