Apenas dez minutos de atividade física leve por dia são suficientes para impulsionar a conetividade cerebral e ajudar o cérebro a distinguir entre memórias similares, sugere um novo estudo.

Cientistas da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, estudaram a atividade cerebral e descobriram que a conetividade entre partes do cérebro responsável pela formação da memória e armazenamento aumentou após um breve intervalo de exercícios leves - como dez minutos de caminhada lenta, ioga ou tai chi.

As descobertas podem fornecer um meio simples e eficaz para retardar ou impedir a perda de memória e o declínio cognitivo em pessoas idosas, ou com baixos níveis de capacidade física.

Os cientistas pediram a 36 voluntários saudáveis, com cerca de 20 anos de idade, que fizessem dez minutos de exercícios leves, antes da sua capacidade de memória ser avaliada. Numa segunda fase, o teste de memória foi repetido pelos mesmos voluntários, mas sem exercício prévio.

O teste repetiu-se em 16 dos voluntários que, ou realizaram o mesmo tipo de exercício ou descansaram, enquanto a atividade cerebral foi monitorizada.

Nos cérebros daqueles que se exercitaram, os investigadores descobriram uma comunicação aprimorada entre o hipocampo e as regiões corticais cerebrais, envolvidas na lembrança vívida das memórias.

As pessoas que se exercitaram foram melhores a separar ou a distinguir entre as diferentes memórias, dizem os cientistas num artigo publicado na revista Proceedings of National Academy of Sciences.

Os investigadores acreditam que a frequência e a quantidade exata de exercícios dependerão da idade da pessoa, nível de mobilidade, incapacidade potencial e outros fatores relacionados com o estilo de vida.

Os cientistas também verificaram que, com o exercício, o humor das pessoas melhorava.