O Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável da Direção-Geral da Saúde, destaca os cogumelos como um excelente alimento, que deve ser consumido preferencialmente após a sua colheita, no outono, entre os meses de setembro a novembro, época do ano em que se crescem espontaneamente na floresta. No entanto, os cogumelos comestíveis, são cultivados pelo menos desde o século XVII na europa.
Do ponto de vista nutricional, é de salientar o seu baixo valor calórico e a baixa quantidade de gordura, porém especialmente ricos em sais minerais como selénio e cobre e em vitaminas do complexo B como riboflavina (B2), niacina (B3) e ácido pantoténico B5).
Dadas as suas funções estruturais e enzimáticas no organismo, destaque-se o papel fundamental do selénio, em particular devido às suas propriedades antioxidantes, catalisador da produção hormonal e indispensável ao bom funcionamento do sistema imunológico. Cerca de metade das necessidades diárias deste nutriente podem ser fornecidas por 100g de cogumelos. Além disso, constituem também uma boa fonte de micronutrientes como o fósforo e potássio, bem como proteínas, hidratos de carbono e fibras.
Classificados como vegetais, na verdade os cogumelos pertencem ao grupo dos fungos, que atuam como decompositores na natureza, desenvolvendo-se em ambientes húmidos a partir de outros organismos vivos de que se alimentam ao libertarem enzimas que irão degradar matéria orgânica e inorgânica no ambiente, para posterior absorção, através dos filamentos da sua parte vegetativa.
Quando analisados quimicamente, a sua composição em aminoácidos, ácidos gordos essenciais, vitaminas e minerais é comparável à de grande parte das carnes e superior à de grande maioria dos frutos e vegetais. Por isso, devido ao seu elevado teor nutricional, os cogumelos deveriam ser introduzidos na dieta quotidiana, sendo particularmente benéficos nos regimes vegetarianos.
Com a crescente preocupação das populações com a alimentação como fator promotor de boa saúde, muito se tem falado nos últimos tempos sobre a relação entre a dieta correta e equilibrada e o bom funcionamento do nosso organismo, o que consequentemente pode ajudar na prevenção de inúmeras doenças.
Seguindo essa linha de pensamento, muitos investigadores têm vindo a reconhecer a importância de determinados alimentos, classificando-os de superalimentos, pois além de cumprirem a sua função dietética normal, ajudam a promover a saúde, devido ao seu elevado e diversificado teor de micronutrientes.
Incluem-se neste grupo os cogumelos comestíveis, que além de serem saborosos, possuem um elevado valor nutritivo, sendo algumas variedades utilizadas desde a antiguidade, por alguns povos, como medicamentos. Os romanos consideravam-nos como “alimento dos deuses”, enquanto os egípcios os viam como uma “oferta divina”.
Datados de há milhares de anos, existem registos de que os chineses os utilizavam medicinalmente, pois acreditavam que estes lhes conferiam força, vigor e longevidade. Todavia, na europa e nos EUA, durante muito tempo criou-se um medo generalizado na sua utilização como alimento, baseado no facto de algumas espécies revelarem ser venenosas o que levou a que o seu consumo fosse negligenciado. A exceção verificou-se em França e Itália onde os cogumelos continuaram a ser utilizados regularmente na culinária, tendo surgido mesmo grupos de pessoas que munidas de livros para os identificar e recolher, percorriam os campos à sua procura.
Com o desenvolvimento de investigações na procura de possíveis propriedades medicinais, algumas espécies de cogumelos têm vindo a ser incorporadas ao longo dos tempos, em chás, tónicos e outras formulações com vista a promover a saúde. No japão, por exemplo, alguns componentes extraídos de determinadas espécies de cogumelos já são utilizados na preparação de medicamentos.
Na prática, os cogumelos podem beneficiar largamente o nosso sistema imunitário, ajudar a reduzir a tensão arterial, inibir o crescimento de determinados tumores e a reduzir a atividade microbiana nefasta e as inflamações, com a vantagem de o seu uso terapêutico não apresentar quaisquer efeitos secundários prejudiciais.
Na medicina tradicional chinesa, há três espécies de cogumelos, o Shiitake (prevenção de constipações e gripes), Reishi (reforço do sistema imunitário, afeções hepáticas e hipertensão) e o Maitake (prevenção e tratamento do cancro, hipertensão, hiperglicemia e diabetes), que são utilizadas com sucesso há milhares de anos.
Atualmente, estes cogumelos podem ser encontrados em estado de frescos ou secos, por forma a poderem ser incorporados na confeção culinária ou como suplementos alimentares, sob a forma de cápsulas sendo, no entanto, prudente consultar o seu médico, caso a informação disponível lhe suscite qualquer dúvida.
Os sais minerais são substâncias inorgânicas contendo iões e catiões metálicos, indispensáveis ao organismo humano, sendo responsáveis pelo bom funcionamento do metabolismo.
Os carboidratos, também conhecidos como açúcares, glícidos ou hidratos de carbono, são macronutrientes, responsáveis por fornecer energia ao corpo humano.
A vacinação continua a ser o melhor meio de proteção contra o vírus, com uma proteção mais eficaz contra doenças mais graves, embora o seu efeito protetor diminua com o passar do tempo.