You don’t stop laughing because you grow old. You grow old because you stop laughing.
O aclamado orador Michael Pritchard não estava a brincar quando proferiu esta afirmação, que se deveria tornar numa máxima de vida, pois rir é, sem dúvida, o melhor remédio.
Pode não ser uma panaceia, mas é, com certeza, meio caminho andado para levar uma vida saudável, sendo uma mais-valia psicossomática, pois, para além dos seus efeitos catárticos, pode reduzir o risco de doenças cardíacas, artrites e úlceras.
A nível psíquico, rir expurga, momentaneamente, sentimentos de angústia, medo e devolve ao indivíduo um sentimento de bem-estar, leveza e esperança. Conseguir encontrar um lado cómico no ambiente que nos rodeia é uma das formas de elevar o nosso espírito, de o nutrir e de o proteger contra os desgastes do dia-a-dia.
A nível fisiológico, o riso reverte os efeitos do stress, associado a um aumento da pressão sanguínea, tensão muscular, imunossupressão e a muitos outros malefícios.
De acordo com investigações científicas desenvolvidas um pouco por todo o mundo, rir é muito benéfico para o nosso organismo, pois diminui os níveis séricos de cortisol, aumenta não só a quantidade de linfócitos T activos, como também o número e níveis de actividade das células assassinas naturais, fundamentais no ataque às células cancerígenas ou virais.
Rir torna a respiração mais profunda e o sangue mais oxigenado, pois quando uma pessoa ri, os níveis da pressão arterial diminuem abaixo dos normais.
Investigadores da "University of Maryland Medical Centre" demonstraram que o sentido de humor poderá proteger contra um ataque cardíaco. O seu estudo evidenciou que as pessoas que sofriam de doenças do coração, em determinadas situações, se riam menos 40% do que pessoas saudáveis da mesma idade.
Dar uma gargalhada é também uma boa maneira de estar em forma. Rir exercita os abdominais, os músculos do diafragma, respiratórios, faciais, das pernas e das costas, para além de facilitar a digestão.
Num outro estudo, desenvolvido por uma equipa de investigadores da "State University of New York", "Western New England College" e "University of Waterloo", foram apuradas as influências do humor sobre a imunoglobulina A salivar. Esta faz parte da primeira linha de defesa contra os organismos patogénicos que entram pelo tracto respiratório. Os investigadores concluíram que os níveis de resposta da imunoglobulina A salivar eram mais baixos nos dias de mau humor e mais elevados nos dias de bom humor.
Outros dois investigadores, de diferentes Universidades, inferiram que o riso pode ter influência na diminuição da dor, pois este estimula a sintetização das beta-endorfinas, substâncias semelhantes às morfinas, mas com um poder analgésico cem vezes maior.
Rir estimula e equilibra a actividade cerebral nos dois hemisférios.
Investigadores da "College of William and Mary, em Williamsburg", mostraram, através de electroencefalogramas, que durante o processo de apreensão do humor existe um padrão de actividade cerebral único.
Quando o indivíduo está a ouvir uma anedota, o córtex do hemisfério esquerdo inicia o processamento das palavras. Em seguida, a actividade cerebral principal, desloca-se para o lobo frontal, onde está localizado o centro das emoções. Momentos depois, os dois hemisférios começam a trabalhar em simultâneo para que o indivíduo possa entender a piada. Decorridos alguns milisegundos, antes de o indivíduo ter tempo para se rir, a actividade cerebral aumenta e espraia-se para o lobo occipital, área cerebral responsável pelo processamento sensorial.
Apesar de a terapia do riso ser uma prática milenar, pois já Hipócrates, pai da Medicina, no século IV aC, recorria a animações e brincadeiras para curar os seus pacientes, só a partir de meados do século XX é que começou a ser objecto de estudo e a granjear reconhecimento.
O responsável por este volteface foi Norman Cousin. A comunidade científica despertou para este novo tipo de tratamento em 1979, data da publicação do seu estudo de caso no "New England Journal of Medicine". Cousin recorreu à terapia do riso para debelar a sua doença, a espondilose cervical, passando os últimos 12 anos da sua vida na "UCLA Medical School " a demonstrar cientificamente que o riso era capaz de curar. Ele foi o criador da "Humor Research Task Force" que coordena e apoia investigações clínicas por todo o mundo.
Porém, já no início dos anos 70, Hunter Adams, mais conhecido por Patch Adams, recorria a esse valioso fármaco capaz de combater muitas doenças em simultâneo e cujo efeito colateral mais reportado é "bem-estar".
Ao reparar que os seus doentes tinham pouca ou nenhuma alegria, decidiu adoptar a terapia do riso nas suas prescrições.
No seguimento desta linha de pensamento, nos anos 90, o médico Madan Kataria formou o primeiro clube do riso. Os exercícos praticados nesta instuição inspiram-se nas técnicas de respiração lenta e profunda do ioga, cujo objectivo é levar os alunos a aprender a rir sem motivo. Actualmente, existem cerca de 33 clubes do riso espalhados pelo mundo.
Em Portugal, o recurso a esta terapia começa a ser comum. Os médicos palhaços da Associação Nariz Vermelho, que recentemente foi agraciada com o prémio Serviço Social do Hospital do Futuro, percorrem os hospitais pediátricos para animar as crianças doentes.
Há também uma clínica do riso do Dr. Madan Kataria, o "Portugal Laughter ClubRiso", no Porto, no qual se ministram cursos de Líder do Riso e se realizam programas e actividades anti-stress para que as pessoas libertem as suas gargalhadas escondidas.
Em suma, o bom humor e o riso podem estimular uma atitude positiva e de confiança e como dizia Mark Twain: The human race has one really effective weapon, and that is laughter.
Disforia é uma sensação oposta à euforia, correspondendo a uma certa tristeza ou depressão pós-sexo, que acomete algumas mulheres e homens após o clímax de um orgasmo.
As preferências dos homens, quando falamos das caraterísticas que mais desejam nas mulheres que pretendem para suas companheiras e confidentes, são amplamente diversificadas e subjetivas.
A vacinação continua a ser o melhor meio de proteção contra o vírus, com uma proteção mais eficaz contra doenças mais graves, embora o seu efeito protetor diminua com o passar do tempo.