A essência da vida moderna é uma combinação complexa de fatores que reflete a interseção entre avanços tecnológicos, mudanças sociais e a busca individual pelo significado e autenticidade num mundo cada vez mais interligado.
A expressão “estilo de vida” ou “lifestyle”, hoje o termo mais amplamente utilizado para descrever a maneira como as pessoas vivem e expressam as suas identidades em determinada sociedade moderna, é uma forma utilizada por pessoas, grupos e nações sendo formado por contextos geográficos, económicos, políticos, culturais e religiosos específicos.
O estilo de vida refere-se às caraterísticas dos habitantes de uma região em tempo e lugar especiais, incluindo comportamentos e funções do dia-a-dia dos indivíduos no trabalho, atividades e dieta. Nas últimas décadas, o estilo de vida como importante fator de saúde, tem despertado um maior interesse pelos pesquisadores, tendo levado a Organização Mundial da Saúde (OMS) a concluir que 60% dos fatores relacionados com a saúde e qualidade de vida individual, estão relacionados com o estilo de vida.
Na realidade, milhões de pessoas em todo o mundo seguem um estilo de vida pouco saudável, o que tem por consequência uma maior frequência de doenças, incapacidades e até a morte. Problemas como doenças de origem metabólica, problemas articulares e esqueléticos, doenças cardiovasculares, hipertensão, excesso de peso, violência e outras, podem ser causadas por um estilo de vida pouco saudável, devendo por isso ser devidamente considerada a relação entre o estilo de vida e saúde.
Nos dias de hoje, grandes mudanças ocorrem na vida das pessoas, designadamente devido a desnutrição, alimentação deficiente ou pouco saudável, tabagismo, consumo de álcool e abuso de drogas, que nos dão um panorama de estilos de vida pouco saudáveis, usados como forma dominante de estilo de vida. Além disso, os cidadãos enfrentam novos desafios em suas vidas. O uso excessivo e indevido das tecnologias emergentes das TI, como a internet e as redes sociais, levam o nosso mundo a um grande desafio que ameaça a saúde física e mental dos indivíduos.
De acordo com estudos existentes, pode afirmar-se que o estilo de vida tem influência significativa na saúde física e mental do ser humano devido a vários fatores, como consanguinidade, mais marcada em determinadas etnias, que pode conduzir a doenças genéticas. Por outro lado, a reforma desse estilo de vida pouco saudável é um fator que contribui preventivamente para a diminuição do índice de doenças genéticas. O uso excessivo de drogas em alguns países é outro dos fatores que promovem um estilo de vida pouco saudável.
Algumas outras variáveis do estilo de vida que influenciam a saúde, podem ser sintetizadas em algumas categorias como:
Dieta e Índice de Massa Corporal (IMC) – A dieta é o fator mais relevante no estilo de vida e tem uma relação direta e positiva com a saúde. Uma má alimentação, com as suas consequências, como por exemplo a obesidade, são um problema de saúde comum nas sociedades urbanas, que derivam de um estio de vida pouco saudável e que pode ser medido pelo IMC. Por outro lado, o estilo de vida urbano, conduz a problemas nutricionais como uso de fast food e alimentos pobres, aumentando problemas cardiovasculares e outros.
Exercício físico e sono – para tratar problemas gerais de saúde, o exercício físico regular e uma dieta saudável estão incluídos no estilo de vida, existindo alguns estudos a enfatizar a relação do estilo de vida ativo com a felicidade. Adicionalmente, sendo o sono uma das bases da vida saudável, este não pode ser dissociado da equação, pois sabemos que os distúrbios do sono trazem diversas consequências sociais, psicológicas, económicas e de saúde perniciosas, podendo o estilo de vida afetá-lo particularmente a nível da saúde física e mental.
Comportamento sexual – Sabendo-se da importância da relação sexual normal para uma vida saudável, a disfunção sexual que pode resultar de diversos problemas familiares ou doenças, constitui um problema na maioria das sociedades, tendo um efeito significativo na saúde física e mental.
Abuso de substâncias e medicamentos – Sendo sabido que todo o vício é considerado um estilo de vida nada saudável, o fumo e o uso de substâncias podem resultar em vários problemas como, doenças cardiovasculares, asma, cancro ou lesões cerebrais. Estudos do Eurostat revelam que o consumo de tabaco na europa é ainda elevado, com 19,7% da sua população com mais de 16 anos a fumar diariamente. Também o uso excessivo de medicamentos através de automedicação, muitas vezes desnecessários e sem conhecer as contraindicações, são comportamentos pouco saudáveis a evitar.
Novas tecnologias – Embora tenham vindo facilitar a vida do ser humano, as novas tecnologias como o computador e outros dispositivos digitais, quando indevida ou excessivamente usadas podem resultar em consequências desagradáveis, perturbando o padrão de sono ou induzindo sintomas de depressão.
Recreação e estudo – O tempo de lazer, a par do estudo, são fatores que influenciam o estilo de vida, pelo que, negligenciá-los pode trazer consequências negativas para a saúde. O estudo é o exercício da alma, pelo que adotá-lo como fator de estilo de vida pode proporcionar mais saúde física e mental, evitando por exemplo a prevalência da doença de Alzheimer, estando provado que esta é mais baixa entre as pessoas mais instruídas.
Na área da saúde e bem-estar, recursos como recomendações nutricionais personalizadas, acompanhamento dietético e acesso a receitas saudáveis também podem ser oferecidos por supermercados inteligentes...
De acordo com a OMS, os cuidados de saúde primários, representam um abordagem de toda a sociedade à saúde e bem-estar, centrada nas necessidades e preferências das pessoas, famílias e comunidades.
A vacinação continua a ser o melhor meio de proteção contra o vírus, com uma proteção mais eficaz contra doenças mais graves, embora o seu efeito protetor diminua com o passar do tempo.