A INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL NA ATUALIDADE

A INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL NA ATUALIDADE

SOCIEDADE E SAÚDE

  Tupam Editores

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Comer bem começa no supermercado e não na cozinha. Com a implementação e automação sem precedentes dos processos algorítmicos e o desenvolvimento de software que permite, de forma simples, que os computadores tomem decisões inteligentes baseadas em comportamentos que não foram diretamente programadas, mas sim aprendidas ou adaptadas, tornou-se possível processar um cada vez maior e mais complexo volume de dados em praticamente todas as atividades humanas.

Na área da saúde e bem-estar, recursos como recomendações nutricionais personalizadas, acompanhamento dietético e acesso a receitas saudáveis também podem ser oferecidos por supermercados inteligentes, que ajudam a promover a saúde e o bem-estar dos consumidores, incentivando-os a fazer escolhas alimentares mais saudáveis.

As grandes superfícies comerciais e em particular os supermercados, já estão a revolucionar o cenário das vendas a retalho, ao integrarem tecnologias avançadas para aprimorar a experiência de compra dos consumidores, através da integração da inteligência artificial (IA) e da internet das coisas (IoT), ambientes tecnológicos de ponta conhecidos por supermercados inteligentes, que já estão a alterar a forma como compramos os nossos alimentos, produtos de uso doméstico e não só.

Estes novos sistemas oferecem operações simplificadas, maior conveniência e experiências personalizadas, como descontos e cupões, bem como sugestões convenientes para os clientes, em função do seu perfil e preferências. Desde sistemas de conferência por IA até recomendações personalizadas e gestão de stocks em tempo real, essas lojas abordam desafios e ineficiências comuns associados às compras tradicionais em lojas e supermercados, tecnologia que uma vez adotada vai revolucionar o futuro das compras de mantimentos e outros produtos.

Possuir uma lista de compras bem organizada vai permitir que o comprador entre e saia do estabelecimento rapidamente e o ajude a seguir o seu plano de alimentação saudável, previamente planeado, permitindo-lhe ainda evitar que ultrapasse o orçamento ou altere a dieta.

Para compreender verdadeiramente o poder transformador dos supermercados inteligentes, é essencial aprofundarmo-nos nas principais tecnologias que impulsionam o seu funcionamento. No centro dessas lojas inteligentes de última geração, está a integração de IA e IoT. Algoritmos de IA e aprendizagem de máquina permitem que esses estabelecimentos analisem grandes quantidades de dados, desde preferências do cliente e histórico de compras até níveis e tendências de stocks. Esta abordagem, baseada em dados, permite que os retalhistas tomem decisões informadas e forneçam recomendações personalizadas a compradores individuais.

Ao mesmo tempo, sensores inteligentes de prateleira monitorizam os níveis de produtos em tempo real, garantindo que os itens populares estejam sempre em stock, ao mesmo tempo que minimizam a ocorrência de situações de rotura de stocks. Isso não só aumenta a conveniência para os clientes, como também otimiza a gestão de stocks para os lojistas.

Outra caraterística de destaque dos supermercados inteligentes é a integração de sistemas de checkout com tecnologia de IA, substituindo as tradicionais filas nas caixas, por processos automatizados, como quiosques de auto-atendimento ou aplicativos móveis (Apps), que permitem aos clientes digitalizar e pagar pelos artigos de forma autónoma. Esses sistemas de checkout de IA utilizam visão computacional e algoritmos de aprendizagem de máquina para reconhecer produtos, calcular preços e facilitar uma experiência de checkout rápida.

Já na área da saúde, a complexidade e o enorme aumento de dados, significam que a IA será cada vez mais aplicada neste campo. Vários tipos de IA já estão a ser usados por utentes e prestadores de cuidados de saúde, empresas farmacêuticas e de ciências biológicas e de investigação. As principais categorias de aplicação, envolvem recomendações de diagnóstico e tratamento, envolvimento e adesão dos pacientes e atividades administrativas, muito embora existam muitos casos em que a IA pode realizar tarefas de saúde tão bem ou melhor que os humanos. Os fatores de implementação irão impedir a automatização em grande escala dos trabalhos dos profissionais de saúde durante um período considerável, havendo também relevantes questões éticas na aplicação da IA na área da saúde que necessitam de ser discutidas.

A inteligência artificial não é uma tecnologia, mas antes um conjunto de vários conhecimentos técnico-científicos, na sua maioria com relevância imediata para a área da saúde, muito embora os processos que a suportam variem amplamente. Algumas tecnologias específicas de IA são de grande importância para os cuidados de saúde, designadamente na chamada medicina de precisão, através das quais é possível antecipar quais os protocolos de tratamento têm mais probabilidade de sucesso num paciente, com base nos vários atributos do paciente e no contexto do tratamento.

Uma das tecnologias mais complexas de aprendizagem-máquina é a rede neural, disponível desde a década de 1960 e que está bem estabelecida na investigação em cuidados de saúde há várias décadas, tendo vindo a ser utilizada em aplicações de categorização, como determinar se um paciente irá adquirir uma doença específica ou prognosticar resultados em função de determinada medicação ou tratamento para um paciente com determinadas características biológicas.

Parece cada vez mais claro que os vários sistemas de IA não substituirão os médicos em grande escala, mas poderão sim incrementar os seus esforços para melhor cuidar dos pacientes. Com o tempo, os médicos podem dedicar-se a tarefas e projetos que se baseiem em competências exclusivamente humanas, como empatia, persuasão e integração geral. Provavelmente, os únicos prestadores de cuidados de saúde que perderão os seus empregos ao longo do tempo, sejam aqueles que se recusem a entender e a trabalhar em interação com a inteligência artificial.

No âmbito da sua estratégia digital, a União Europeia (UE) divulgou recentemente que a utilização da inteligência artificial na UE irá ser regulada pela lei da IA, a primeira lei abrangente do mundo sobre IA, a fim de garantir melhores condições para o desenvolvimento e utilização desta tecnologia.

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